Senhor empresário de PME, quer seja exportador quer não seja, tem que aproveitar ao máximo o seu Website para vender mais em 2013. A este propósito, utilizei no título a célebre frase usada na campanha eleitoral de Bill Clinton (substituindo Economia por Internet), para salientar uma ferramenta essencial nos negócios dos dias de hoje e do futuro. Seria um lugar comum se eu começasse por indicar os primeiros grandes negócios online (Amazon, por exemplo) em que muitos retalhistas tradicionais nos EUA (sobretudo em certas ruas de Nova Iorque) viram quase posto em causa o seu habitual volume de vendas. Um pouco mais tarde, começaram logo os analistas a fazer previsões sobre a percentagem de livros que se venderiam no futuro pela Internet.
Internet, Internet e Internet, a causa de muitas coisas boas e também de muita confusão, como é natural. Ela existe e as redes sociais também e os negócios têm que saber aproveitá-las. As PME exportadoras não as devem ignorar, mas sim considerá-las ajudas importantes. Por exemplo, nas redes sociais já existe um estudo que indica que os portugueses gastam em média 88 minutos por dia em redes sociais, como o Facebook, Twitter ou Windows Live, na sua maioria após o horário escolar ou laboral (Marktest Consulting), estudo recente que abrangeu indivíduos entre os 15 e os 64 anos de idade. Como refere a consultora Nível Horizontal, o problema com as redes sociais é que normalmente as pessoas menos informadas confundem a ferramenta com o marketing, mas a dificuldade não está em criar uma página nas redes sociais, mas em geri-la de forma eficiente.
Para terminar, aconselho os senhores empresários de PME, exportadoras ou não exportadoras, a ler os seguintes posts interessantes para os negócios: (1) A importância das redes sociais para as empresas; (2) Como optimizar campanhas Google Adwords; (3) Como criar páginas de aterragem eficazes; (4) Seis dicas sobre SEO (optimização de sites) do Mercado Internacional de Exportação. Estes artigos estão na Nível Horizontal , onde poderá consultar muitos temas sobre negócios online.
quarta-feira, 26 de dezembro de 2012
sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
Saber como apoiar as PME
Sobre as perspectivas das PME portuguesas para 2013, que estão relacionadas naturalmente com as perspectivas macroeconómicas, muito haveria para dizer, mas todos têm receio de fazer previsões. Primeiro, porque as previsões macroeconómicas das autoridades competentes (Governo, Banco de Portugal, Comissão Europeia, FMI) não coincidem, embora não estejam muito longe umas das outras. Segundo, porque à volta dessas previsões surgem demasiados comentários. Por isso, até há quem diga, por ironia, que parece haver mais gente a analisar, a prever e a comentar do que a trabalhar para o PIB. Mas é o que por vezes diz o “homem da rua”. Talvez seja um exagero, mas penso que há ainda pessoas que só dão importância ao que surge nas TVs generalistas e desconhecem o que se passa no país real (porque não sabem ou não tentam saber - note-se, no entanto, que a comunicação social geral e especializada tenta mostrar e há mesmo quem consiga). E o que se passa nas PME realmente nem tudo se sabe.
O que eu sei, em primeiro lugar, é o que se passa à minha volta, por exemplo: hoje reparei que aqueles dois restaurantes que estavam nos últimos tempos quase às moscas fecharam; o restaurante japonês que abriu há dois anos em frente da minha casa não tem praticamente clientes; a pequena mercearia que existe por debaixo do prédio onde vivo não liga a luz ao fim da tarde há imenso tempo (para poupar energia) e nunca mais encerra, porque o dono não a consegue trespassar; por sua vez, o dono do café-restaurante mais conhecido na rua onde vivo deixou de servir jantares (só serve almoços) por falta de clientela; telefonei ontem para um estofador da minha zona e ele disse-me que estava a encerrar a actividade (iria para a terra e sentia-se um felizardo por ter para onde ir); uma professora de piano que conheço há algum tempo teve durante toda a vida em sua casa imensos alunos em idade escolar, mas desde 2010 assistiu à redução dos seus alunos habituais e no início de 2012 já só tinha três miúdos pequenos e um deles a preço de amizade (os seus rendimentos são agora mais reduzidos e os dos pais dos alunos também, naturalmente).
Estou a destacar este exemplo, porque me parece que, na era da Internet e das redes sociais e do marketing associado, tais como o CRM (Gestão de Relacionamento com o Cliente), o Inbound Marketing e o SMarketing, poderia ser por estas vias inovadoras que as PME exportadoras portuguesas viessem a apostar nos mercados internacionais, pelo menos como complemento ao seu marketing tradicional. Assim, sugiro que consultem os interessantes "posts" da consultora Nível Horizontal, nomeadamente três que considero essenciais: (1) “A Importância das Redes Sociais para as Empresas”; (2) “6 Dicas para SEO (Optimização de Sites) para Websites do Mercado Internacional e Exportação”; (3) “Exportar - Construir a Máquina de Marketing e Vendas do Futuro”.
O que eu sei, em primeiro lugar, é o que se passa à minha volta, por exemplo: hoje reparei que aqueles dois restaurantes que estavam nos últimos tempos quase às moscas fecharam; o restaurante japonês que abriu há dois anos em frente da minha casa não tem praticamente clientes; a pequena mercearia que existe por debaixo do prédio onde vivo não liga a luz ao fim da tarde há imenso tempo (para poupar energia) e nunca mais encerra, porque o dono não a consegue trespassar; por sua vez, o dono do café-restaurante mais conhecido na rua onde vivo deixou de servir jantares (só serve almoços) por falta de clientela; telefonei ontem para um estofador da minha zona e ele disse-me que estava a encerrar a actividade (iria para a terra e sentia-se um felizardo por ter para onde ir); uma professora de piano que conheço há algum tempo teve durante toda a vida em sua casa imensos alunos em idade escolar, mas desde 2010 assistiu à redução dos seus alunos habituais e no início de 2012 já só tinha três miúdos pequenos e um deles a preço de amizade (os seus rendimentos são agora mais reduzidos e os dos pais dos alunos também, naturalmente).
Ora isto que eu descrevi (porque vi) não são PME, são micronegócios (alguns em economia paralela). A própria comunicação social (TVs) apresenta frequentemente casos, mas são quase sempre micronegócios, por vezes ideias brilhantes. De facto, ninguém sabe bem o que se passa nas verdadeiras PME com problemas e os governos, de vez em quando, lançam medidas diversas para as apoiar, no entanto, no ano seguinte, as empresas necessitam de novo mais medidas de apoio. As PME surgem na comunicação social quando são exemplos de sucesso (e ainda bem, mas são casos pontuais). As PME também surgem na comunicação social quando estão praticamente em insolvência ou quase insolvência, com trabalhadores a protestar. Deveria talvez concluir-se que as PME não estão a ser suficientemente apoiadas, ou estão, mas de forma errada! Porque a situação de muitas PME não vem só da crise. Tem origens mais profundas. O anúncio de governos a dizer que vão lançar ou já lançaram medidas é recorrente. As grandes empresas são casos à parte, surgem frequentemente analisadas nas Revistas da especialidade, são classificadas entre as 1000 maiores (aliás muitas destas são médias empresas), mas as PME com problemas são pouco conhecidas. Será que as autoridades conhecem os seus verdadeiros problemas? Anuncia-se quase sempre que se trata de falta de financiamento. Serão só problemas financeiros? Então como é que existem os tais casos de grande sucesso, por vezes casos brilhantes, entre as PME? Será apenas porque ultrapassaram o problema do financiamento? Ou serão as razões do sucesso de outra natureza?
As PME constituem cerca de 99% do tecido empresarial português não financeiro (2009). É também importante que todos saibam que são as PME que dão emprego à maioria dos trabalhadores portugueses (72,5% em 2008), portanto o crescimento do emprego está dependente delas. Também o crescimento do consumo interno depende das PME, porque se estas empresas não remuneram bem os trabalhadores, estes não consomem de modo suficiente (ou consomem pouco) e se muitas PME encerram é francamente mau para os trabalhadores e para a economia. Acresce que também são as PME as responsáveis por grande parte do volume de negócios (59% em 2009). Entre as PME, porém, só 10% são exportadoras, mas contribuem com 40% do volume de negócios do total de PME. Visto noutra óptica, em 2009, do total de empresas exportadoras 69% eram PME, embora representassem então menos de metade do total exportado (cerca de 45%). Ou seja, apoiar as PME em Portugal é fulcral, ou melhor, é quase chave, porque detêm a grande maioria do emprego e também porque representam quase 70% das empresas exportadoras (2009). Mas apoiar de qualquer modo, não! Apoiar da forma correcta sim! Para apoiar da forma correcta deveriam as autoridades saber quais são os seus problemas de fundo. Porque é que muitas PME falham? Porque é que quase sempre (e não só com a crise) uma grande parte das PME teve problemas financeiros? Não foram detectados então outros problemas importantes? Pelo menos a falha em relação à formação parece ter sido já detectada, uma vez que existem programas de formação para as PME. É que, provavelmente, os outros problemas em que estou a pensar poderão ser de difícil e morosa solução. Mas deviam ser ditos e enfrentados. Os tais problemas de morosa solução são os seguintes, em meu entender: falta de um bom marketing estratégico em muitas PME e, para muitas das exportadoras, falta de um bom marketing global estratégico; e ainda, em muitos casos, deficientes organização e gestão. É por isso que, por vezes, se destacam imenso os casos de grande sucesso, como o do sector do calçado, onde se verificou inovação (design), criatividade e marketing.
Vejamos o problema da falta de um bom marketing estratégico, apresentando um exemplo muito antigo. A seguir à II Guerra Mundial, as empresas na Alemanha iniciaram a sua recuperação e quer as grandes empresas, quer as PME, para além da inovação nos produtos, começaram imediatamente a fazer um bom marketing, baseado no lançamento de marcas, lançando mão, à época, de estratégias de marketing, então mais fáceis do que hoje, sem dúvida. O que existiu sobretudo foi muita inovação, criatividade e marcas quanto mais únicas melhor. Claramente que ser único na altura era mais fácil. Mas pensar que foi fácil é muito redutor, porque o que aconteceu foi grande inovação, o que é bem difícil. Custa citar o exemplo alemão, no momento em que existe tanta confusão entre os países do euro. Mas as PME exportadoras alemãs foram a base do sucesso daquele país nesses anos já distantes.
Estou a destacar este exemplo, porque me parece que, na era da Internet e das redes sociais e do marketing associado, tais como o CRM (Gestão de Relacionamento com o Cliente), o Inbound Marketing e o SMarketing, poderia ser por estas vias inovadoras que as PME exportadoras portuguesas viessem a apostar nos mercados internacionais, pelo menos como complemento ao seu marketing tradicional. Assim, sugiro que consultem os interessantes "posts" da consultora Nível Horizontal, nomeadamente três que considero essenciais: (1) “A Importância das Redes Sociais para as Empresas”; (2) “6 Dicas para SEO (Optimização de Sites) para Websites do Mercado Internacional e Exportação”; (3) “Exportar - Construir a Máquina de Marketing e Vendas do Futuro”.
Finalmente, deixo alguns conselhos para o aumento da criatividade nas PME, conselhos retirados de certos autores do "Marketing Genius": uma situação de desespero (2013?) pode levar a novas ideias; faça menos coisas mas faça-as melhor; crie o seu futuro concretizando o presente; descubra as suas vantagens; crie propostas atraentes para os clientes; adopte a transparência no preço; explore o seu Website com as técnicas inovadoras já existentes.
domingo, 9 de dezembro de 2012
Exportar na Época do Natal no seu Website
Senhor empresário de PME, são já muitos a dizer que o futuro dos seus negócios está nas suas mãos e, naturalmente, na sua cabeça, porque é na sua mente que toma decisões (as emoções também entram muitas vezes nas decisões). Verá que o contexto mundial e tecnológico vai levá-lo a grande distância em relação ao marketing que está a fazer agora. Não só parte do seu marketing tem de basear-se na Internet, incluindo as redes sociais, mas também tem de saber "como fazer" e principalmente ter mentalidade aberta para aceitar e experimentar os novos paradigmas.
Não quero dizer, como já ouvi uma publicitária norte-americana dizer, que a publicidade tradicional está morta e que quem ainda a utiliza está a trabalhar sobre um cadáver. Isto considero exagerado, mas penso que se tratou (da parte da publicitária) de uma imagem excessiva para dizer aquilo que poucos se atrevem a dizer, isto é, se no seu negócio continuar a fazer tudo como dantes, então o seu negócio morrerá, com crise ou sem crise.
Esta semana que passou realizou-se na Exponor (Porto) um acontecimento importante. Falou-se sobre "Construir a Máquina de Marketing e Vendas do Futuro". Um tema essencial foi "SMarketing no mercado global". O que é ser uma empresa "SMarketing"? Tem de integrar os departamentos de Marketing e Vendas de forma a que sejam como um só. O seu gestor tem de ser também um empresário SMarketing, isso mesmo, nem Sales nem Marketing, mas SMarketing. Os subtemas do tema principal foram: estratégia digital na exportação; onde ultrapassar a concorrência; o papel das redes sociais; tecnologias para criar a empresa SMarketing.
Mas existem mais aspectos que o senhor empresário tem de analisar e estudar, se o seu negócio tem como "target" o mercado internacional e quer chegar a clientes em vários países, ou mesmo se está apenas a pensar na expansão internacional para o futuro da sua empresa, ao invés de pensar somente no mercado português. Um aspecto essencial é saber como optimizar o seu Website. Ora este tipo de informação é muitas vezes disperso, errático e difícil de encontrar. Assim, aconselho a consultar o post 6 Dicas sobre SEO para Websites do Mercado Internacional e Exportação da consultora Nível Horizontal. Para não ficar na dúvida, explico em que consiste o SEO: em inglês "Search Engine Optimization", ou seja, "Optimização para Motores de Busca", ou "Optimização de Sites". Se não for a tempo para exportar neste Natal pela Internet, prepare-se desde já para o próximo.
Não quero dizer, como já ouvi uma publicitária norte-americana dizer, que a publicidade tradicional está morta e que quem ainda a utiliza está a trabalhar sobre um cadáver. Isto considero exagerado, mas penso que se tratou (da parte da publicitária) de uma imagem excessiva para dizer aquilo que poucos se atrevem a dizer, isto é, se no seu negócio continuar a fazer tudo como dantes, então o seu negócio morrerá, com crise ou sem crise.
Esta semana que passou realizou-se na Exponor (Porto) um acontecimento importante. Falou-se sobre "Construir a Máquina de Marketing e Vendas do Futuro". Um tema essencial foi "SMarketing no mercado global". O que é ser uma empresa "SMarketing"? Tem de integrar os departamentos de Marketing e Vendas de forma a que sejam como um só. O seu gestor tem de ser também um empresário SMarketing, isso mesmo, nem Sales nem Marketing, mas SMarketing. Os subtemas do tema principal foram: estratégia digital na exportação; onde ultrapassar a concorrência; o papel das redes sociais; tecnologias para criar a empresa SMarketing.
Mas existem mais aspectos que o senhor empresário tem de analisar e estudar, se o seu negócio tem como "target" o mercado internacional e quer chegar a clientes em vários países, ou mesmo se está apenas a pensar na expansão internacional para o futuro da sua empresa, ao invés de pensar somente no mercado português. Um aspecto essencial é saber como optimizar o seu Website. Ora este tipo de informação é muitas vezes disperso, errático e difícil de encontrar. Assim, aconselho a consultar o post 6 Dicas sobre SEO para Websites do Mercado Internacional e Exportação da consultora Nível Horizontal. Para não ficar na dúvida, explico em que consiste o SEO: em inglês "Search Engine Optimization", ou seja, "Optimização para Motores de Busca", ou "Optimização de Sites". Se não for a tempo para exportar neste Natal pela Internet, prepare-se desde já para o próximo.
sábado, 8 de dezembro de 2012
Sabe como está o Brasil Económico em 2012-13?
Brasil, país com um território de 8,5 milhões de km2 (os EUA têm 9,37 milhões de km2), uma população actual de 194,7 milhões de pessoas (os EUA têm 309 milhões), tem cidades enormes, desde São Paulo (11,4 milhões de habitantes), Rio de Janeiro (6,4 milhões), Salvador (2,7 milhões), Brasília, a capital (2,6 milhões), Fortaleza (2,5 milhões) e Belo Horizonte (2,4 milhões). Se compararmos a população das cidades com a de alguns países europeus (Portugal, por exemplo) vê-se que as cidades são mesmo muito populosas. O Brasil tem uma história de sucesso económico no final do século XX e entrada no século XXI. Em relação aos outros países da Região, o Brasil liderou nesse período, por exemplo, nas receitas fiscais, numa altura em que a América Latina, segundo a OCDE, começou a reduzir a diferença entre essas receitas e a média dos países da OCDE. A importância dessas receitas insere-se no facto de o país ter conseguido desenvolver mais intensamente as suas infraestruturas económicas e, até certo ponto, as sociais.
As relações internacionais do Brasil estão em crescendo. A Senhora Presidente continua a ter em vista um papel mais importante na comunidade internacional. Isto inclui a grande aspiração de conseguir um lugar no Conselho de Segurança (alargado, isto é, incluindo os membros não permanentes) das Nações Unidas e do fortalecimento da influência dos mercados emergentes nas instituições políticas globais. O governo brasileiro deverá continuar a adoptar, em geral, uma atitude pragmática nos contactos com as nações ocidentais, bem como com os seus vizinhos da Região. Do mesmo modo, evitará a adopção de políticas controversas, o que poderá melhorar o relacionamento bilateral com os EUA. Acresce que a reeleição de Barack Obama dará continuidade nas relações bilaterais 2013-17, sem importantes e diferentes novas iniciativas bilaterais na liberalização do comércio. A cada vez maior dependência do Brasil em relação à China, como mercado de exportação, reduzirá o risco de eventual proteccionismo radical contra aquele país, embora algumas medidas contra certas importações da China tenham vindo a ser tomadas ou possam vir a surgir. De um modo geral, num esforço para apoiar a sua indústria transformadora, o Brasil tem adoptado uma atitude mais proteccionista (mas apenas moderadamente proteccionista).
Quanto às tendências da política económica, as alterações graduais na macroeconomia que emergiram em meados de 2011 vão tornar-se mais evidentes a médio prazo. O objectivo da inflação tornou-se mais flexível, permitindo uma política de taxas de juro mais reduzidas, para os mais baixos níveis históricos. Acresce que o regime flutuante de taxas de câmbio está a ficar cada vez mais controlado. Isto reflectiu a preocupação do governo em relação ao excesso de liquidez criado pelos principais bancos centrais do mundo desenvolvido, bem como preocupações sobre a competitividade, particularmente no sector da indústria transformadora.
No crescimento económico, várias previsões apontam para uma retoma da economia brasileira, elevando o crescimento do PIB para 4,2% em 2013, após uma performance desoladora de 1,5% em 2012. Ganhos na produção da indústria transformadora em Junho-Agosto sugerem um ponto de viragem no ciclo económico brasileiro, enquanto uma taxa de câmbio mais baixa, crédito mais barato e medidas proteccionistas devem assegurar que o momento é sustentável a médio prazo, apesar do abrandamento da economia global. Acresce que a retoma no terceiro e quarto trimestres de 2012 dá mais ânimo para 2013, com fortes efeitos positivos. Apesar destas previsões, o optimismo ainda não pode ser grande. De facto, no início de Dezembro, o organismo oficial das estatísticas brasileiras verificou que a expansão no 3º trimestre foi apenas de 0,6% (em relação ao trimestre anterior), o que poderá provocar uma revisão em baixa da estimativa de 1,5% de crescimento do PIB em 2012, mais próximo de 1%. Se isto acontecer, há quem adiante a sugestão de poder ser também necessária uma revisão em baixa de meio ponto percentual, em relação à previsão de 4,2% de crescimento do PIB brasileiro para 2013. Isto será de lamentar!
Outras variáveis importantes do crescimento, como o investimento, não têm sido animadoras (no 3º trimestre o investimento total caiu 2% em relação ao trimestre anterior). Acresce que, segundo as autoridades brasileiras, a política de taxas de câmbio criou uma certa incerteza em relação ao actual regime cambial. Apesar da insistência em que o Brasil continue a adoptar a livre flutuação da taxa de câmbio, começam a surgir comentários sobre a possibilidade de se adoptar um “nível apropriado” para a taxa nominal e também de se ter como objectivo manter “um nível satisfatório de competitividade”. Contudo, enquanto o investimento foi, de certo modo, nada animador, o consumo cresceu 0,9% no 3º trimestre, em relação ao trimestre anterior (anualizando, isto corresponde a 3,5%). Ou seja, o consumo tem sido resiliente (expressão actualmente utilizada nestes casos). Se as perspectivas do mercado laboral continuarem favoráveis, o crescimento real prosseguirá e se também se mantiver a redução dos “spreads” bancários e condições de refinanciamento mais facilitadas, tudo isto poderá contribuir para um ligeiro impulso do consumo privado nos próximos meses. No entanto, o consumo das famílias, por si só, provavelmente não conseguirá fazer avançar a economia no próximo ano. Dito isto, as perspectivas económicas estão de certo modo dependentes do grau de comportamento do investimento no próximo ano. Não será a primeira vez que uma economia em crescimento precisa de um bom comportamento da variável investimento. Mas para se investir será necessário assumir alguns riscos, riscos naturalmente devidamente calculados. Esperemos que as instituições e empresas tenham a clarividência de enfrentarem o Mundo actual, o Brasil actual e o contexto actual e perceberem onde devem investir.
As relações internacionais do Brasil estão em crescendo. A Senhora Presidente continua a ter em vista um papel mais importante na comunidade internacional. Isto inclui a grande aspiração de conseguir um lugar no Conselho de Segurança (alargado, isto é, incluindo os membros não permanentes) das Nações Unidas e do fortalecimento da influência dos mercados emergentes nas instituições políticas globais. O governo brasileiro deverá continuar a adoptar, em geral, uma atitude pragmática nos contactos com as nações ocidentais, bem como com os seus vizinhos da Região. Do mesmo modo, evitará a adopção de políticas controversas, o que poderá melhorar o relacionamento bilateral com os EUA. Acresce que a reeleição de Barack Obama dará continuidade nas relações bilaterais 2013-17, sem importantes e diferentes novas iniciativas bilaterais na liberalização do comércio. A cada vez maior dependência do Brasil em relação à China, como mercado de exportação, reduzirá o risco de eventual proteccionismo radical contra aquele país, embora algumas medidas contra certas importações da China tenham vindo a ser tomadas ou possam vir a surgir. De um modo geral, num esforço para apoiar a sua indústria transformadora, o Brasil tem adoptado uma atitude mais proteccionista (mas apenas moderadamente proteccionista).
Quanto às tendências da política económica, as alterações graduais na macroeconomia que emergiram em meados de 2011 vão tornar-se mais evidentes a médio prazo. O objectivo da inflação tornou-se mais flexível, permitindo uma política de taxas de juro mais reduzidas, para os mais baixos níveis históricos. Acresce que o regime flutuante de taxas de câmbio está a ficar cada vez mais controlado. Isto reflectiu a preocupação do governo em relação ao excesso de liquidez criado pelos principais bancos centrais do mundo desenvolvido, bem como preocupações sobre a competitividade, particularmente no sector da indústria transformadora.
No crescimento económico, várias previsões apontam para uma retoma da economia brasileira, elevando o crescimento do PIB para 4,2% em 2013, após uma performance desoladora de 1,5% em 2012. Ganhos na produção da indústria transformadora em Junho-Agosto sugerem um ponto de viragem no ciclo económico brasileiro, enquanto uma taxa de câmbio mais baixa, crédito mais barato e medidas proteccionistas devem assegurar que o momento é sustentável a médio prazo, apesar do abrandamento da economia global. Acresce que a retoma no terceiro e quarto trimestres de 2012 dá mais ânimo para 2013, com fortes efeitos positivos. Apesar destas previsões, o optimismo ainda não pode ser grande. De facto, no início de Dezembro, o organismo oficial das estatísticas brasileiras verificou que a expansão no 3º trimestre foi apenas de 0,6% (em relação ao trimestre anterior), o que poderá provocar uma revisão em baixa da estimativa de 1,5% de crescimento do PIB em 2012, mais próximo de 1%. Se isto acontecer, há quem adiante a sugestão de poder ser também necessária uma revisão em baixa de meio ponto percentual, em relação à previsão de 4,2% de crescimento do PIB brasileiro para 2013. Isto será de lamentar!
Outras variáveis importantes do crescimento, como o investimento, não têm sido animadoras (no 3º trimestre o investimento total caiu 2% em relação ao trimestre anterior). Acresce que, segundo as autoridades brasileiras, a política de taxas de câmbio criou uma certa incerteza em relação ao actual regime cambial. Apesar da insistência em que o Brasil continue a adoptar a livre flutuação da taxa de câmbio, começam a surgir comentários sobre a possibilidade de se adoptar um “nível apropriado” para a taxa nominal e também de se ter como objectivo manter “um nível satisfatório de competitividade”. Contudo, enquanto o investimento foi, de certo modo, nada animador, o consumo cresceu 0,9% no 3º trimestre, em relação ao trimestre anterior (anualizando, isto corresponde a 3,5%). Ou seja, o consumo tem sido resiliente (expressão actualmente utilizada nestes casos). Se as perspectivas do mercado laboral continuarem favoráveis, o crescimento real prosseguirá e se também se mantiver a redução dos “spreads” bancários e condições de refinanciamento mais facilitadas, tudo isto poderá contribuir para um ligeiro impulso do consumo privado nos próximos meses. No entanto, o consumo das famílias, por si só, provavelmente não conseguirá fazer avançar a economia no próximo ano. Dito isto, as perspectivas económicas estão de certo modo dependentes do grau de comportamento do investimento no próximo ano. Não será a primeira vez que uma economia em crescimento precisa de um bom comportamento da variável investimento. Mas para se investir será necessário assumir alguns riscos, riscos naturalmente devidamente calculados. Esperemos que as instituições e empresas tenham a clarividência de enfrentarem o Mundo actual, o Brasil actual e o contexto actual e perceberem onde devem investir.
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