quarta-feira, 28 de agosto de 2013

PME - O seguro morreu de velho ou "quem quase-vive já morreu"

Há dias andei a navegar por uma das redes sociais e li conversas interessantes sobre vários ditados populares. Um deles era “O seguro morreu de velho”, em que gente muito nova não sabia bem qual o significado. Cada um disse o que pensava e afinal todos estavam de acordo: que era preciso ter cautela; à partida era bom desconfiar das situações; arriscar sem ter uma boa rede era má ideia; para chegar a velho era bom andar com cuidado; mais valia prevenir do que remediar; etc. etc. Todos os comentários estavam escritos em língua portuguesa, podiam ser de portugueses ou brasileiros, mas a linguagem coloquial parecia de portugueses. Quase no fim surgiu um comentário interessante, em português diferente, certamente de um brasileiro. Dizia ele, em síntese: “mesmo sendo um cara super-seguro (fazendo tudo com cautelas e tal), um dia também você vai morrer, pode não ser de acidente, mas será de velho senão for antes”, e tirava uma conclusão que me deu que pensar, “embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu”. O que é que isto tem a ver com as PME exportadoras? Muito! Claro que antes de tudo tem a ver com as pessoas, porque o que “ele” quis dizer com aquele “quem quase-vive já morreu” tem muito que se lhe diga e tem muita força, pensando bem!.


Vejamos então porque é que eu penso que o “quem quase-vive já morreu” pode ter a ver também com algumas PME portuguesas exportadoras. Será porque estão sempre à espreita  de apoios do Estado, ou melhor dizendo, dos Governos, de qualquer Governo? Ou será porque foram habituadas a isso? Mas noutros países do Ocidente também existem apoios às PME, então será que em Portugal os apoios são insuficientes, ou inadequados, ou com demasiada burocracia, etc? Ou será que as PME não têm capacidade para os aproveitar e fica tudo à mercê de consultoras inteligentes? Pode ser uma mistura de tudo isto, mas penso que o que importa e o que mais pesa nas empresas é a motivação e a sabedoria dos empresários, porque sabemos que existem em Portugal muitas PME exportadoras bem sucedidas.


Quando pensei e salientei (como se fosse um desafio) a expressão “quem quase-vive já morreu”, pretendi e pretendo fazer notar que, por vezes, a vida de muitas PME parece ser uma “quase-vida” pela ausência de identificação do negócio, da marca, dos objectivos, da estratégia, enfim, do seu pleno funcionamento como empresa. Pela ausência de vida dentro da empresa. A empresa física existe, tem actividade, funciona, mas “não está lá”. Isto é, não criou o seu mundo para se instalar nele e viver (sobreviver se necessário).

A este propósito, aproveito para me referir aos textos úteis que habitualmente consulto na “Nível Horizontal” e que vou passar a indicar:”Transforme a Feira num Verdadeiro Sucesso com Inboud Marketing”; Pode o Design da Homepage do Website Ajudar a Melhorar o Seu Negócio?”; “PME Usam Tecnologia Para Serem Mais Globais - Diga SMarketing”;Social Sales: Como Vender no Mar das Redes Sociais”.

domingo, 11 de agosto de 2013

Marcas na Exportação - Planear antes do Verão - Lançar no Inverno

Escrever sobre Marcas na actualidade leva-nos a pensar que já não há nada de novo a dizer. Ou, pelo contrário, haverá que pensar nas Marcas em termos de Internet e redes sociais, ou também pensar de maneira geral, global, mais inovadora? O intuito deste “post” é motivar as PME a pensar nas suas Marcas de um modo que, desde o início ou, no mínimo, a partir deste momento, lhes dê mais valor e futuros negócios.


Sabemos que, em marcas, já quase tudo foi inventado. As marcas mundiais de maior valor existem há mais de sessenta anos, têm o nome da empresa que as criou, resistem a gerações de publicitários que passaram por elas, resistem a crises económicas, políticas e sociais e os consumidores continuam a escolhê-las, associando-lhes valores como confiança e afecto. Também sabemos que nos dias de hoje praticamente tudo, incluindo política, eventos e até personalidades, é percepcionado e gerido como uma marca. As maiores empresas sabem que os principais e melhores agentes da empresa são as marcas: elas são únicas, amadas, odiadas e disputadas.


Há muitos anos que as empresas gerem as marcas, sabendo que elas preenchem não só as necessidades dos consumidores, mas também os seus desejos, preenchem por vezes um vazio que certos consumidores sentem em relação à vida, até já existem medidas para avaliar a felicidade que as marcas proporcionam ao consumidor. Estranho? Pode parecer, mas em negócios há que estar actualizado: para além do tradicional “return on investment”, passou a existir, mesmo timidamente, o “return on hapiness”.

É necessário salientar este tema, uma vez que as PME exportadoras têm que pensar nos seus mercados externos, actuais e novos, sobretudo os novos, os menos explorados e que apresentam possibilidades de crescimento nos segmentos de classes médias, podendo ser ou não mercados emergentes, mas sendo certamente externos e, principalmente, fora da Europa. Ora, essas PME têm que pensar na marca da empresa, que pode consubstanciar-se em mais de um produto. Aprender a construir marcas é o principal desafio de todos os negócios. Assim, ter pessoal especializado, conhecedor do tema é um imperativo de todo o empresário de PME, mas os próprios empresários devem conhecer o assunto de modo suficiente para avaliar as soluções que lhes forem propostas. Devem saber como avaliar o valor financeiro das marcas, o seu valor social e saber porque é que as marcas são importantes. Devem conhecer o “benchmarking” competitivo, ou seja, determinar as forças e fraquezas competitivas da marca, para obter a taxa de desconto específica da mesma, que reflecte o perfil de risco dos ganhos futuros previstos (chama-se indicador do “nível de força da marca”). Em suma, para que uma marca crie de facto valor, deve ser mais do que apenas a imagem da empresa, ou um posicionamento do produto: a estratégia da marca deve ser a estratégia da empresa. Isto é, será mais do que marketing, mais do que comunicação, mais do que eficácia, mais do que posicionamento, em conclusão, a estratégia da marca é a estratégia do negócio, como se disse atrás, é a estratégia da empresa.
 
Dado que estamos em pleno Verão, é boa altura para planear o seu negócio para o Inverno e para 2014. Muitos dos trabalhadores da sua empresa estão de férias, mas certamente o senhor empresário de PME não tem disposição para deixar de pensar totalmente no seu negócio. Enquanto descansa nalgum sítio, vai pensando. Acresce que, como estamos no tempo da Internet e das redes sociais é fácil localizar o seu negócio, nem precisa de estar no escritório. Provavelmente a sua empresa está na Web, por isso vou propor hoje que dedique algum tempo a analisar um tema: “Como Exportar e Vender Mais com o Website”. Trata-se de um “post” da consultora “Nível Horizontal” que aconselho, no sentido de vender mais no próximo Inverno e em 2014.