Até aos anos 1980, a maioria das pessoas considerava que a chave para manter a fidelidade estava na satisfação dos clientes. Esta ideia foi posta em causa por W. Edwards Deming, que explicou que um cliente satisfeito hoje pode ter necessidades diferentes amanhã. Desde então, muito trabalho foi feito para provar que os índices de satisfação, por si sós, não permitem prever o modo como o consumidor se comportará. É claro que a satisfação é necessária para manter os clientes fiéis, mas nem sempre é suficiente. Estudos de muitas marcas demonstraram que os consumidores satisfeitos são muitas vezes desleais.
Rapidamente emergiu uma perspectiva diferente. Os índices de satisfação, afirmou-se na altura, mediam os aspectos racionais e funcionais da experiência do consumidor. Apenas olhavam para trás e não captavam as emoções do consumidor a respeito da marca. Organizações, como a Gallup, fizeram uma pesquisa alargada para determinar a importância de medir aquilo que denominavam como a dinâmica emocional, argumentando que as pessoas "são fiéis a marcas que merecem tanto a sua confiança racional como a sua afeição profunda". Estes argumentos foram publicados por Frederik F. Reichheld no seu livro "The Loyalty Effect", em 1996. Esta investigação mostrou que o custo de angariar novos clientes era cinco vezes superior ao custo de servir clientes existentes - com a implicação óbvia de que construir fidelidade devia ser uma prioridade estratégica de qualquer marca. Em próximo artigo defenderei que a fidelidade a uma marca está relacionada com a sua força e também tentarei responder à questão: será a lealdade determinada pela força da marca ou com o seu tamanho?
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