Um aspecto essencial em que a Alemanha revela importância está na sua capacidade de continuar a comprar produtos portugueses de qualidade. Portugal exportou para a Alemanha em 2014 cerca de 5,6 mil milhões de euros (peso aproximado 12% e 3º cliente). No ano de 2015 (Janeiro-Novembro) exportou 5,5 milhões (12% de peso e 3º cliente novamente). Para a Alemanha, Portugal como comprador tem uma posição claramente inferior, tendo o nosso país sido o 32º cliente dos alemães (um reduzido peso: 0,6%). Os principais grupos de produtos portugueses exportados para a Alemanha têm sido: máquinas e aparelhos, veículos e outro material de transporte, plásticos e borracha, químicos, calçado, metais comuns, pastas celulósicas e papel, vestuário, matérias têxteis, minerais e minérios, instrumentos de óptica e precisão, madeira e cortiça, produtos alimentares e agrícolas, peles e couros, etc. Em termos mais detalhados (4 dígitos da NC), os produtos que a Alemanha mais compra a Portugal são: automóveis de passageiros, calçado, pneumáticos de borracha, partes e acessórios de automóveis, aparelhos e receptores para rádio, etc, papel e cartão, partes de máquinas, medicamentos, torneiras, válvulas, etc, circuitos integrados e microconjuntos electrónicos.
Quanto ao investimento directo da Alemanha em Portugal, o montante líquido atingiu 1280 milhões de euros em 2014. Comparando 2014 (Jan-Nov) com 2015 (mesmo período), o investimento líquido desceu de 1149 milhões para 489 milhões de euros. Isto aconteceu provavelmente devido ao ambiente de crise económica e financeira. Quanto ao "stock" de investimento alemão em Portugal (ano 2014) foi de 2010 milhões de euros e em 2015 (Jan-Set) foi de 1593 milhões de euros, uma redução de mais de 30% em relação a 2014 (mesmo período). Isto significa que não só é importante atrair investimento, mas também criar condições que possibilitem a esse investimento manter-se no país.
Por fim, olhamos para os fluxos turísticos que Portugal teve com a Alemanha, nomeadamente as receitas provenientes dos turistas alemães (base: hotelaria global). Estas cresceram entre 2010 e 2014, de 787 milhões de euros para 1094 milhões, uma variação de 8,7% nesse período. Ou seja, o turismo de alemães em Portugal, mercê do contexto geral e do jogo entre as alternativas da concorrência e da oferta portuguesa, continua a funcionar favoravelmente para o lado português. Comparando 2014 (Jan-Nov) com 2015 (mesmo período) as receitas subiram de 1010,5 milhões de euros para 1161 milhões, um aumento de quase 15%.
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