O título do “post” parece um lugar comum, no entanto, é um problema real que o excesso de informação contraria os objectivos de muitos empresários de PMEs. Por vezes sem departamento de estudos para analisar os problemas e encontrar soluções, o empresário tem de fazer tudo, não apenas ser “dois em um” (slogan do século passado), mas “tudo num só”, ou outro slogan mais interessante, conforme quiser. As coisas tornam-se mais sérias quando as PMEs têm elas próprias de vender algo que as pessoas realmente queiram e conseguir delas respeito e confiança para as suas empresas e produtos. Sendo o marketing essencialmente informação, é óbvio que actualmente os consumidores já não são apenas informados pelo “outbound marketing” (marketing tradicional, TVs, etc.), mas também fazem pesquisa na Internert, antes de passar ao acto de compra (em muitas categorias de produtos). As empresas devem assim usar o “inbound marketing”, ou seja “ajudar o seu negócio a ser encontrado” por pessoas que já sabem alguma coisa dos seus produtos, ou sectores.
Este raciocínio, funcionando das PME para os consumidores, ou seja, “admitir que há excesso de informação e escassez de atenção”, penso que pode funcionar também a nível da recepção de informação pelos empresários de PMEs. Por vezes, estes podem cair no erro de não ter agenda própria bem definida, passando muito tempo a aceitar sugestões de instituições financeiras, ou estatais, ou associativas ou mesmo outras, sem as filtrar. Da parte de instituições financeiras, é óbvio que elas promovem os seus produtos financeiros para os seus próprios fins e, claro, pensando nos seus clientes PME e muitos outros, mas da parte de outras instituições é menos óbvio que o seu interesse também seja corporativo e não meramente para apoio dos empresários de PMEs. Importa, assim, filtrar, tanto quanto possível, o que é útil à estratégia e à agenda da PME. Por exemplo, tradicionalmente as missões comerciais e feiras nos mercados externos são sugeridas como opção de relevo para as PMEs. Por vezes, estas acabam por não aderir, por razões de análise custo-benefício e não debatem adequadamente outras opções. Aqui, vale a pena considerar na sua agenda própria outras opções mais modernas. É bom que o empresário de PME admita que “não está tudo inventado”. O pensamento “para quê fazer de novo se algo já foi inventado?” tem a sua utilidade, mas pode não corresponder à realidade. Existem tácticas para exportar quando as feiras não são opção. A Internet e o “inbound marketing” podem proporcionar a possibilidade de estar presente “naquela sua feira” 24 horas por dia, 365 dias por ano. É essencial a abertura de espírito para pensar diferente.
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