domingo, 28 de agosto de 2011

Vendas online - O princípio e o futuro

Em meados dos anos 1990 (1994), estava Jeff Bezos a trabalhar em Wall Street (altura em que a internet crescia a cerca de 2.300% em cada ano), quando percebeu que era o momento de aproveitar a onda ponto.com. Segundo o livro "Marketing Genius" (Peter Fisk - 2006), Jeff entrou no seu Chevy e foi para oeste na auto-estrada 90. Ao chegar a Seattle lançou a "maior livraria do planeta", começando na sua garagem a vender livros a amigos que, por sua vez, indicavam o negócio a outros, através do passa-palavra. Em Julho de 1995 foi fundada a Amazon.com e nos seus primeiros anos de vida fazia-se ouvir um bip de cada vez que entrava um pedido. Mas o sinal sonoro estava a levar os funcionários à loucura, pois em três meses o som passou a tocar 100 vezes ao dia e, num ano, passou para 100 vezes a cada hora e, mais tarde, 100 vezes por minuto... Passaram anos e, em 1997, verificou-se a oferta pública inicial da Amazon e, em seguida chegou-se ao milionésimo cliente a utilizar o processo inovador de "um clique", que foi a chave do sucesso. Manter os dados do cliente para, com um só clique, a compra poder ser efectuada, logo que o livro desejado fosse localizado.



Conhecer o cliente permitiu à Amazon construir um perfil dos seus interesses e gostos e possibilitou fazer recomendações. Às vezes, as suas sugestões de livros ou música são muito precisas e o cliente (dando a sua autorização) começou a receber e-mails aquando do lançamento de novidades (isto actualmente é vulgaríssimo, mas estavamos nos anos 1990). O ano de 1999 foi de rápido crescimento para Bezos e a Amazon passou a oferecer muitos mais artigos. A empresa passou a atrair mais de 10 milhões de clientes ao ano, depois de se vencer a preocupação inicial de comprar online. No final dos anos 1990, a Amazon ganhou força com o "boom" do ponto.com e a empresa chegou a ser considerada como a razão do baixo movimento nas ruas comerciais e pela iminente "morte" do intermediário da indústria. Mas assim que rebentou a bolha tecnológica (2000), as pessoas rapidamente esqueceram, nessa altura, os livros e CDs da loja online. A situação esteve má ou fraca durante alguns anos, mas em 2004 Bezos entrou de novo na margem da lucratividade. Sem fazer muito ruído, a Amazon continuou a diversificar produtos e a atrair clientes que, inicialmente, apenas visitavam o website por curiosidade.



Gradualmente (e em certos casos muito rapidamente), a década de 2000 assistiu à expansão das vendas online em muitíssimas empresas norte-americanas, seguidas pelas da Europa, etc. Actualmente, quase todas as grandes superfícies (em vários sectores de negócio) fazem vendas online e existem empresas que se dedicam exclusivamente a este tipo de vendas. A internet e o comércio electrónico vieram revolucionar a actividade económica e o futuro prevê-se favorável a este tipo de vendas. Os consumidores, atraídos pela publicidade e pelos media, pretendem adquirir produtos específicos e vão à internet, em vez de se deslocarem ao local de venda, que até pode estar longe da residência, ou por ser mais cómodo. Em Portugal, recentemente, no semanário Expresso (Emprego) procuravam-se profissionais com conhecimento e experiência de vendas online e acrescentava-se que esta área está num crescendo na oferta de empregos. Isto diz-nos algo sobre o futuro das vendas online.

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