quinta-feira, 30 de julho de 2015

Agenda própria - Essencial na PME Exportadora

A constante informação que, a bem dizer, quase nos cerca, torna por vezes difícil a sua selecção pelo empresário de PME. Assim, há quem tenha tendência para a dispersão, outros pelo contrário seguem lealmente as duas ou três fontes mais recomendáveis e de maior notoriedade, outros ainda, acabam por escolher as fontes que os amigos escolhem, independentemente de serem ou não concorrentes, ou potenciais concorrentes. Ou seja, a escolha das melhores fontes de informação para cada caso nem sempre é feita racionalmente, o que leva a não permitir boas decisões, ou pelo menos as melhores ou mais adequadas decisões.

Não nos podemos esquecer que as fontes de informação também concorrem entre si, pelo que podemos ser levados a escolher as fontes que estão mais próximas e “se vendem” melhor, o que nem sempre significa que sejam as mais adequadas ao nosso caso. Também não podemos andar sempre a aceitar as novas ofertas de informação, porque este tipo de actuação conduz à constante dispersão, o que devemos evitar. Ser seguidor de duas ou três boas fontes de informação é uma decisão lógica, não sem antes ter havido algum tempo de experiência com as mesmas e reflexão para haver oportunidade de testar os resultados. A escolha por recomendação de amigos também tem cabimento, desde que quem recomenda seja alguém completamente honesto para a PME.

A PME Exportadora tem por vezes dificuldade em ter uma Agenda própria, isto porque as sugestões são múltiplas: seminários, missões comerciais, etc. etc. Já lá vai o tempo em que os serviços externos eram essencialmente agências de publicidade e de meios, empresas de estudos de mercado e pouco mais. Hoje em dia, os serviços exteriores abrangem quase tudo o que a PME tem necessidade de fazer por si própria. Ter uma Agenda envolve claramente um mínimo de planeamento, sem implicar muita rigidez, isto porque entrar em muitos detalhes de planeamento, nomeadamente em prazos, dificulta a adaptação à realidade.

Naturalmente que existe planeamento e do melhor, desde que orientado para objectivos concretos e realistas, o que não quer dizer que não tenham ambição. O melhor planeamento é aquele que é feito a pensar que é o empresário de PME que o irá concretizar e não a pensar que é o perfeccionista que faz o plano que também o executa. Isto resulta mal. Aliás, é sempre difícil avaliar alguém que faz planos de médio ou longo prazo, embora seja fácil avaliar quem concretiza objectivos concretos, como por exemplo, venda de bens ou serviços.

A Agenda faz-se a partir dos objectivos da PME definidos pelo empresário ou a pensar no empresário e na sua equipa. A Agenda envolve muita coisa que pode estar dependente de ofertas de serviços externos à PME, se necessário for, mas não pode de modo nenhum a oferta de serviços estar à frente da Agenda própria da PME.


Sem comentários: