quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

O futuro dos armazenistas-distribuidores

Uma característica dos armazenistas-distribuidores é que, mesmo que se tornem bastante grandes, raramente se tornam globais. Será esta uma característica histórica dos dias das empresas familiares? Será que as grandes empresas que sobrevivem à consolidação industrial tornar-se-ão globais?

Alguns armazenistas-distribuidores têm-se expandido internacionalmente, muitas vezes através da aquisição de armazenistas-distribuidores estrangeiros. Fazem isto a fim de irem ao encontro das necessidades dos clientes e fornecedores. Fabricantes globais e clientes reparam se os seus parceiros têm presença nos principais mercados. Também a redução de custos de transporte além fronteiras e a queda das barreiras comerciais contribuem para esta expansão. Pelas mesmas razões, muitos armanzenistas-distribuidores estrangeiros entram no mercado interno. Esta tendência de crescimento além fronteiras e aquisições é particularmente forte na Europa.

Apesar de tudo, a natureza de ser armazenista sugere que muitos deles nunca se tornarão verdadeiramente globais. Fundamentalmente, armazenar significa ir ao encontro das necessidades dos mercados locais e essas necessidades são tão variadas que dificultam a estandardização dos canais de marketing. Isto torna difícil aos fornecedores, clientes ou armenistas-distribuidores prosseguirem uma verdadeira estratégia global. Os poucos exemplos de sucesso vêm de indústrias nas quais muitos participantes dos canais já são globais, como é o caso das indústrias de componentes electrónicas e computadores.

Existe, por outro lado, um grande debate sobre o impacto do comércio electrónico nos armazenistas. Primeiro, muitos dizem que os intermediários serão eliminados por esse comércio electrónico. Segundo, notam que o armazenista tem um genuíno valor acrescentado. Eliminar armazenistas não eliminará as suas funções e a Internet não pode preencher todos os fluxos dos canais.

Um cenário mais provável é que o comércio electrónico modificará mas não substituirá os armazenistas. Estes, assim como todos os intermediários, ganham conhecimento através dos clientes e fornecedores e assim podem resolver problemas. A Internet, por seu lado, cria novos problemas, tais como o aumento do risco de mercadorias defeituosas, comerciantes fraudulentos, problemas com cartões de crédito e outros. Mas também a própria Internet cria novas formas de resolver os seus problemas, o que tem acontecido. Em consequência, a Internet não eliminará os intermediários mas obriga a uma reconsideração de todos os fundamentos em relação à criação de valor e à captura de quotas de mercado. Existem indícios de que os armazenistas já estão a beneficiar do comércio electrónico, usando a Internet para melhorar a criar novos tidos de negócio.

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