domingo, 7 de março de 2010

Velocidade de mercado – caso Hotmail

Jack Welch argumentou: “Quando o índice de mudança dentro da empresa é excedido pelo índice de mudança fora da empresa, o fim está próximo”. De facto, actualmente os mercados movem-se muito rapidamente. Novas ideias e estruturas, padrões e expectativas podem espalhar-se de uma forma que antigamente era reservada para novidades e moda. A velocidade é conduzida pela conectividade das pessoas através da tecnologia, o surgimento de comunidades não locais e o desejo constante dos consumidores de ter os aparelhos mais recentes, melhores, mais interessantes, menores (quando é o caso) e mais rápidos.

Quer seja um telemóvel multifuncional ou uma nova colecção de ténis Puma, ou ainda o jogo interactivo mais recente, assim que um produto entra num mercado, entra em todos. Antigamente, os filmes passavam na América do Norte seis meses antes de serem vistos na Europa. Hoje, pouco tempo após o seu lançamento em Los Angeles, ele é contrabandeado para as lojas de Banguecoque, ou está disponível online em qualquer lugar.

O mesmo acontece com produtos. O rápido e repetido avanço no mercado de armazenagem de dados mostra como as grandes disquetes foram substituídas por pequenas, estas por CD-Roms e estes por dispositivos USB. Os benefícios de cada novo dispositivo são enormes: aumentam muitas vezes a capacidade de armazenagem, são menores, custam mais barato e são mesmo muito convenientes. Assim que o novo aparelho chega ao mercado, todos querem tê-lo. E com um clique no site amazon.com podemos receber o produto em poucos dias.

Eis o efeito das redes, o impacto viral das comunicações em torno delas e as novas ideias contagiantes. O Hotmail, lançado pela Microsoft como um serviço de email gratuito, foi do lançamento à liderança em poucos dias, sem qualquer marketing tradicional para o impulsionar. O rodapé de cada email enviado pelo dono de uma conta Hotmail contém um convite para que o recebedor abra a sua prórpia conta gratuita. Sim, foi necessário que os primeiros utilizadores começassem a rolar a bola, mas, em poucos dias, a bola de neve estava enorme – 100 milhões de pessoas a usar o Hotmail (Fonte: “Marketing Genius”, Peter Fisk, 2006).

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