quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Guerra de publicidade - Um exemplo

Por ser oportuno, pois assistimos todos os dias na televisão portuguesa a este caso, vou fazer alguns comentários a propósito da publicidade da cadeia Pingo Doce, à qual se seguiu a resposta publicitára da cadeia Continente.

Na sua publicidade, o Pingo Doce afirma que na sua cadeia não há descontos, pois os preços são sempre baixos todo o ano. Acrescenta que não há promoções e explica porquê. Esta explicação é importante (embora não seja sempre verdadeira), porque desmistifica descontos, promoções, talões, etc. Não tenho a certeza se todos os consumidores acreditam que o que acontece com os descontos é o que o Pingo Doce afirma. No entanto, para muita gente fará sentido.

Ora passado pouco tempo, como aliás se esperava, vem o Continente retaliar, afirmando o contrário, valorizando o seu cartão, que permite poupar, etc, e apresentando uma consumidora a dizer que não vai em cantigas (em resposta ao "jingle" muito sugestivo do Pingo Doce).

Esta pequena guerra é interessante porque permitirá aos profissionais de marketing avaliarem os seus efeitos nas vendas, pelo menos a curto prazo. Os consumidores reagem à publicidade, mas não só. Muitas outras condicionantes têm que ser valorizadas na escolha dos locais de venda. Três deles são a proximidade, a conveniência e a imagem. Se o Pingo Doce está próximo, é natural que a escolha recaia sobre ele. Mas por seu lado o Continente criou uma imagem de preços baixos, há muito tempo, e está disponível em muitos centros comerciais convenientes. A escolha, por vezes, será difícil.

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