Numa altura em que às empresas exportadoras portuguesas se põe o enorme desafio da diversificação de mercados, devido à retracção nos mercados europeus, é importante lembrar que há que analisar se os novos países de destino provável têm as adequadas (ou pelo menos mínimas) infra-estruturas que apresentem às fábricas exportadoras um conjunto atractivo de apoios às suas operações.
As infra-estruturas exigíveis variam de sector para sector, mas minimamente incluem a capacidade adequada de fornecimento eléctrico (sem constantes interrupções, como por vezes sucede nalguns mercados), outras “utilities” em condições, vias rodoviárias e transportes, sistemas de distribuição de mercadorias (variando de caso para caso), estruturas de comunicação, fornecedores de serviços diversos, incluindo serviços financeiros, segurança e governos minimamente estáveis.
Muitos novos mercados para a exportação portuguesa, como os países do leste europeu, oferecem estas infra-estruturas, bem como alguns asiáticos, como Hong Kong, Taiwan e Singapura. Para o caso da Rússia, este país constitui um desafio para as empresas, pois as suas infra-estruturas ainda são inadequadas, para o volume do potencial que apresenta para algumas mercadorias. Por exemplo, o México, antecipando o elevado volume de comércio previsível com a entrada no Nafta em 1994 (acordo que abrange os EUA, Canadá e México), afectou vários milhares de milhões de dólares na melhoria das suas infra-estruturas.
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