Estas pessoas são chamadas líderes de opinião e as empresas farmacêuticas foram as primeiras a recorrer a elas. Uma empresa farmacêutica fez um estudo (há muitos anos) em que pediu aos médicos do Midwest americano para nomearem colegas a quem pediriam conselho sobre os tratamentos. Vieram repetidamente à tona um numero reduzido de nomes. Esses eram evidentemente os formadores de opinião e a empresa começou a utilizar esse conhecimento (líderes-chave de opinião) nas suas práticas de trabalho.
Esta prática foi desenvolvida em muitos outros sectores, desde a moda, aos cosméticos, à comida e bebida e aos serviços financeiros. Hoje é amplamente utilizada. Pode dizer-se que nasceu uma indústria de observadores de tendências e caçadores de “cool”, para recolher comentários dos líderes de opinião e para estimular as redes do passa-palavra, quando o tempo chegasse para o lançamento de uma nova marca. Caçar o “cool”, o que está na berra, não é uma arte de precisão. Não existe uma maneira exacta de descobrir os líderes de opinião. Quase que pode ser uma “coisa instintiva”.
Apesar de difícil, recolhi algumas regras que passo a indicar:
- Falar com peritos profissionais – Muitas pessoas têm posições profissionais em que estão bem informadas e numa posição de influência, como jornalistas, editores, assistentes de lojas, cabeleireiros, esteticistas, dentistas, etc. As suas opiniões podem ser úteis para o planeamento da marca a lançar, além de estimularem o passa-palavra.
- Encontrar fanáticos e obcecados – Alguns produtos e marcas inspiram inúmeros devotos e a empresa utiliza-os para o passa-palavra sobre novos produtos. As categorias de produtos que mais inspiram devotos são as das áreas do entretenimento, moda, tecnologia.
- Identificar clientes de topo – Por vezes as pessoas que gastam mais de uma marca são formadores de opinião, devido à sua maior experiência no produto. Por exemplo, os voadores frequentes têm opiniões mais bem informadas sobre viagens e a sua recomendação pode ser importante num lançamento de uma nova marca (Fonte: “The Business of Brands”, Jon Miller & David Muir, 2004).
Enfim, embora não venham mencionados nesta fonte, mas está implícito que as “celebridades” são líderes-chave de opinião e são abundantemente utilizadas e bem pagas para testemunharem sobre as marcas. As “celebridades” são da área do cinema, teatro, música, desporto, etc. e testemunham sobre muitas categorias de produtos, desde os serviços financeiros, à cosmética, estética, etc. Por isso senhor empresário, não despreze os líderes de opinião e o passa-palavra.
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