Porquê, quando e como as empresas se internacionalizam? Não são apenas as empresas que se interessam pela internacionalização, são também os governos, através das políticas de apoio à internacionalização.
Os processos de internacionalização são vários. Em primeiro lugar temos as exportações e importações, seguem-se os investimentos na compra de empresas, o licenciamento de operações, as “joint ventures”, as alianças, as redes industriais, as redes para a internacionalização e ainda outras formas. Estes processos são, pela ordem que foi indicada, mais e mais envolvidos nas operações internacionais, do ponto de vista de aprofundamento das relações com os parceiros estrangeiros. Actualmente, devido à intensificação da concorrência a nível global, muitas empresas que apenas operavam nos mercados internos e sem tradição internacional estão a procurar os mercados externos.
As principais razões genéricas que estão na base deste aumento da procura dos mercados externos são as seguintes: (1) desejo de aumentar as vendas para fazer crescer os lucros; (2) tentar estar presente em muitos mercados o que vem permitir um grande aumento das vendas que pode levar a um melhor aproveitamento da capacidade produtiva instalada; (3) partilha de risco; (4) colaboração entre empresas e instituições de vários países; (5) domínio dos mercados; (6) vantagens absolutas relacionadas, por exemplo, com o controlo de recursos únicos.
Em época de crise, como a actual, existe uma importante razão adicional que é o facto de a saturação do mercado ou a diminuição do consumo devida à crise propiciarem a procura de mercados externos. Conseguir aumentar as exportações é um importante desígnio das empresas tradicionalmente exportadoras. Como os mercados tradicionais das empresas portuguesas também estão em crise, nomeadamente a Europa e os EUA, torna-se necessária a criatividade para diversificar os mercados. Neste sentido, as empresas devem estar abertas a todas as formas de internacionalização, pois, frequentemente, as companhias estrangeiras estão mais receptivas a parcerias e “joint ventures” do que a exportações (importações, do ponto de vista estrangeiro) devido à maior partilha de risco. Pode à primeira vista parecer muito arriscado para uma empresa portuguesa (principalmente se for PME) enveredar pelo caminho da “joint venture”, no entanto, por vezes trata-se de caminhar para a melhor opção.
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