Cada vez mais os mercados é que conduzem as empresas, ainda que os profissionais de marketing não estejam ao volante. O marketing ainda é visto com frequência como uma função periférica, uma comunidade especializada, um dreno nos gastos, um suporte à equipa de vendas. Mas não é assim, na verdade.
O marketing é muito mais do que isso: é um processo para toda a empresa, embora também possa exigir alguns profissionais especializados. O marketing gera procura a curto e longo prazo. Alimenta os lucros, hoje e amanhã. Cria o futuro e entrega hoje, ou seja, vende hoje. Conduz as vendas e entrega as experiências do cliente, ao mesmo tempo que desenvolve novos mercados e produtos, e constrói marcas e relações para assegurar o sucesso. Normalmente, é preciso dizer-se, também gera melhor retorno sobre o investimento do que qualquer outra parte da empresa. É hora de os profissionais de marketing passarem da margem para o centro da tomada de decisões, usando o ímpeto da mudança do mercado e a autoridade do cliente para moldar estratégias e prioridades da empresa de fora para dentro e não de dentro para fora.
Durante muito tempo as empresas foram conduzidas de dentro para fora. Todos na empresa tentavam melhorar aquilo que sempre foi feito, em vez de responderem às melhores oportunidades do mercado e explorá-las. O perigo, evidentemente, é que isso possa gerar irrelevância (não servir de nada) em vez de visar as reais oportunidades de mercado.
Hoje as maiores oportunidades de negócio não estão em melhorar a eficiência do que já se faz, mas sim em adoptar a mudança no mundo externo à empresa. Isto é, em primeiro lugar, um desafio de marketing (Fonte: “Marketing Genius”, Peter Fisk, 2006).
Criar o futuro e entregar hoje tem um significado estratégico, pois leva a empresa a trabalhar para enfrentar os desafios do futuro, para empreender uma estratégia de longo prazo e, ao mesmo tempo, vender hoje, entregar hoje ao cliente, que irá reagir hoje mas com significado para o futuro.
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