domingo, 15 de agosto de 2010

Como contratar pessoal criativo – Parte 1

Recentemente, num dos pequenos cadernos do semanário Expresso, encontrei um artigo intitulado “Pessoas brilhantes procuram-se”. Começava com uma pergunta: “Como identificar as pessoas certas, as mais inovadoras?”. Avançava que a “pessoa criativa” ou inovadora é a que assume responsabilidade e está motivada. Mas isto não chega, principalmente no Marketing. Um criativo é aquele que aplica inteligência de forma imaginativa.

Vamos ver no Marketing. Este sempre foi uma disciplina criativa, embora seja surpreendentemente convencional na sua execução. O produto e a embalagem até podem ser atraentes e a publicidade às vezes conta uma nova história, mas frequentemente faltam soluções inovadoras reais para os problemas das pessoas, formas inovadoras de alcançá-las, usos inovadores dos media, formas inovadoras de lucrar com as ideias.. É necessário encontrar o espírito criativo, aplicado de forma focada e disciplinada. Um criativo v ai descobrir que a criatividade melhora a análise e que a inteligência liberta mais imaginação. Um bom criativo desencadeia criativamente o poder da imaginação.

Vivemos num mundo – pelo menos no mundo ocidental – em que geralmente temos tudo o que precisamos. Os roupeiros estão cheios de roupa, as cozinhas cheias de utensílios e as garagens com os nossos carros, contudo ainda queremos mais. O mais moderno, o melhor, o mais potente. Então como é que os criativos se conectam com essa procura por mais? Vendo o que todos vêem, mas pensando no que ninguém pensou antes.

Temos que enriquecer a proposta de valor, ampliar a experiência da marca, aumentar os benefícios para o cliente.

Mas, mesmo assim, isto não chega. São necessários os catalisadores criativos. Como se estimula o pensamento radical que é capaz de romper com as convenções do mercado e estender a mente para poder explorar ideias criativas que consigam criar um modo de trabalho mais inovador?

Vamos dar um exemplo clássico: a história mais famosa talvez seja a do garoto do coro da igreja que deixou cair o seu livro de cantos durante a missa e também todos os pedaços de papel que marcavam as páginas importantes para ele. Isto levou à criação do Post-it, hoje uma peça importante em qualquer escrivaninha ou em qualquer escritório e disponível numa gama variada de cores, tamanhos e formatos.

Em suma, a inovação e criatividade precisam ao mesmo tempo de catalisadores disruptivos e criativos para conseguir romper as convenções e explorar as possibilidades.

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