Cada vez mais os mercados é que conduzem as empresas. E se as empresas não estão atentas a isto, serão ultrapassadas. No entanto, frequentemente, não são os profissionais de marketing que estão na liderança. Em muitas empresas, o marketing ainda é visto como uma função periférica, uma equipa especializada, uma fonte de gastos, um suporte à equipa de vendas. Mas o marketing é muito mais do que isto. É um processo que tem a ver com a totalidade da empresa, embora possa exigir alguns profissionais especializados. O marketing gera procura a curto e longo prazo. Alimenta os lucros hoje e amanhã. Pode dizer-se que “cria o futuro e entrega hoje”. Também gera melhor retorno sobre o investimento do que qualquer outra parte da empresa.
É hora de os profissionais de marketing passarem da margem para o centro das decisões, utilizando o ímpeto dos mercados e a autoridade dos clientes para moldarem as estratégias e as prioridades da empresa, trabalhando de fora para dentro. Durante demasiado tempo, as empresas foram conduzidas de dentro para fora. Os operacionais tentavam melhorar aquilo que sempre foi feto, em vez de responder às melhores oportunidades do mercado e explorá-las. O perigo de apenas melhorar o que sempre foi feito é que isso pode gerar irrelevância, em vez de ter em vista as reais oportunidades de mercado.
Porém, os próprios profissionais de marketing têm de mudar se quiserem assumir o centro das operações e se de facto quiserem fazer avançar as suas empresas. São os profissionais de marketing que têm de preparar a resposta a esta mudança, ou seja, já não chega melhorar o que estão a fazer, têm de tentar ver as reais oportunidades de mercado, mesmo que sejam muito diferentes do que estão à espera.
Hoje as expectativas são muito altas do lado dos clientes: estes querem mais do que um produto ou serviço. Anteriormente, esperavam pela reposição de “stocks” e voltavam na semana seguinte. Aceitavam que numa grande superfície não havia possibilidade de negociação. Hoje, com as possibilidades imensas de marcas e locais de venda, a que se acrescenta a Internet, os clientes esperam produtos com melhor qualidade e até acreditam que as suas expectativas serão sempre atendidas. Esperam soluções personalizadas para atender as suas amplas necessidades, entregas rápidas e, com a actual crise, querem preços mais baixos.
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