As companhias farmacêuticas foram as primeiras a recorrer aos líderes de opinião. Num estudo inicial pediu-se aos médicos do Midwest (EUA) para nomearem colegas a quem solicitariam conselho sobre tratamentos. Os resultados mostraram que um número reduzido de nomes veio repetidamente à tona: esses indivíduos eram claramente os formadores de opinião.
Este tipo de abordagem foi amplamente seguido noutros sectores, desde a moda à comida e bebida e aos serviços financeiros. Nasceu uma indústria de observadores de tendências e caçadores de "cool", para recolher comentários destes líderes de opinião e para estimular as "redes do passa-palavra", quando o tempo chegasse para o lançamento de uma nova marca. Caçar o "cool", o que está na berra, tal como se calcula, não é uma arte de precisão. A questão não é apenas ser capaz de dizer quem é diferente, mas quando é que essa diferença representa alguma coisa "cool". É uma coisa instintiva. Mas isto soa pouco a fórmula infalível de sucesso. Como identificamos exactamente esses líderes de opinião? Eis algumas linhas de orientação: fale com peritos profissionais, pois essas pessoas, no lançamento de uma marca podem fornecer comentários úteis para o planeamento da marca, além de estimularem o passa-palavra; encontre fanáticos e obsecados, pois muitas categorias de produtos (por exemplo, entretenimento, moda e tecnologia) possuem entusiastas que podem ser usados para estimular o passa-palavra; identifique clientes de topo, porque os clientes que utilizam muito um produto ou serviço têm muitas vezes opiniões interessantes sobre o produto e a sua recomendação pode ser uma ajuda no lançamento de uma marca.