Presentemente, a Kodak está a tentar refazer o negócio nos seus fundamentos. Depois de ter sido nomeado “chairman” e CEO em 2000, Daniel Carp substituiu grande parte da equipa executiva, com novos membros originados de empresas tecnológicas. Para recuperar o seu negócio nos filmes fotográficos, a Kodak passou a fazer filmes em “private label” para venda fora dos EUA. Passou também a ter uma estratégia mais agressiva com cortes nos preços. Mas talvez a alteração mais radical tenha sido a decisão de descontinuar a venda de câmaras de filmes fotográficos nos EUA, Canadá e Europa. A única excepção é uma linha popular de câmaras de utilização única (descartáveis). Mas a Kodak continuou a vender as câmaras de filmes tradicionais na China, na Índia, na Europa de Leste e na América Latina, onde a gestão considera que o formato ainda tem potencial de crescimento.
Em 2005, ano em que Daniel Carp foi substituído por Antonio Perez, o mercado das câmaras digitais tornou-se uma peça-chave na luta da empresa. A Canon tinha o primeiro lugar nas vendas de câmaras digitais. Embora esta marca seja desenhada e fabricada no Japão, os técnicos visitam frequentemente os EUA para absorverem conhecimentos sobre as necessidades dos consumidores. Entretanto, a Kodak, embora a sua fonte de vantagem competitiva tenha sido o filme fotográfico tradicional, em pouco tempo transitou para uma empresa forte em “hardware”. Mas o novo mercado é muito mais competitivo e a Kodak perdeu tempo para a Canon e principalmente para a Fuji que começou a fazer entradas nos retalhistas onde anteriormente a Kodak fora o fornecedor exclusivo.
Presentemente, a Kodak já instalou 60 mil quiosques e self-service fotográfico nos EUA. A Fuji fez a mesma coisa e a Hewlett-Packard também entrou no mercado retalhista e está a tentar ser a próxima “Kodak” (Fonte: “Global Marketing”, Fifth Edition, Pearson Prentice Hall, 2008).
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