A comunicação social fala muito das empresas de sucesso. São elas que chamam a atenção. São elas que são chamadas a relatar os seus casos. Normalmente, os seus empresários referem-se aos casos parecendo que foram muito fáceis e que os caminhos estavam á espera. Mas o que acontece é que foi tudo muito difícil, por vezes o factor sorte teve intervenção e, principalmente, houve uma estratégia que, antes de ser implementada, poucos esperavam que resultasse. Mas existe sempre alguém mais teimoso/a, ou melhor, persistente, que não pára enquanto não chega ao fim, ou seja, ao primeiro objectivo. Depois, outros objectivos se seguem, até ao almejado sucesso.
Mas, para além dos casos de sucesso de que a comunicação social fala, existem muitos milhares de negócios indiferenciados, sem quota de mercado que se veja, sem apresentar um ponto sequer de diferença em relação aos concorrentes, seguindo os passos do líder, imitando para estar no negócio, olhando mais para o lado do que para a frente. Claro que temos que conhecer a concorrência, temos que olhar para o lado, mas não para imitar, sim para inovar, para arranjar pontos de diferença.
Hoje vou referir-me às marcas, pois é através delas que damos a conhecer os nossos pontos de diferença.
Como encontrar a grande ideia que nos define? Uma marca mexe com as emoções. As emoções conduzem a maioria das nossas decisões, senão todas, pelo menos as grandes decisões. Segundo David Bernstein a imagem é a realidade, É o resultado das nossas acções. Se a imagem é falsa e o nosso desempenho é bom, a culpa é nossa por sermos maus comunicadores. Se a imagem é verdadeira e reflecte o nosso mau desempenho, a culpa é nossa por sermos maus gestores. Se não conhecemos a nossa imagem, não podemos comunicar nem gerir.
Marcas estão relacionadas com pessoas, não com produtos. As marcas estão relacionadas com os clientes, não com as empresas. Uma grande marca é aquela com a qual o cliente quer conviver, na qual confia e à qual se mantém fiel, enquanto tudo ao seu redor vai mudando. É uma marca que se articula com aquilo que o cliente é ou quer ser, que lhe permite fazer e parecer aquilo que de outra forma não conseguiria.
Marcas eram originalmente desenvolvidas como rótulos. Porém, hoje é muito mais importante o que elas fazem pelas pessoas, a forma como elas reflectem e envolvem essas pessoas, como definem as suas aspirações e lhes permitem fazer mais. Marcas poderosas podem gerar sucesso em mercados competitivos e, na verdade, elas tornam-se os activos mais valiosos da empresa.
Contudo, existem poucas grandes marcas no mercado. Continuaremos a falar de marcas em próximos artigos, pois as PME devem apostar em marcas e arranjar o seu espaço.
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