Exemplos de definições de estratégia: (1) É um grande plano de acção organizacional que visa atingir um grande objectivo organizacional (James M. Higgins e Julian W. Vincze); (2) É um plano ou algo equivalente - uma direcção, um guia de acção para o futuro, um caminho para chegar daqui acolá, etc. É também um padrão, isto é, a consistência de um comportamento ao longo do tempo (Henry Mitzberg); (3) É a criação de uma posição única e valiosa, envolvendo um conjunto diferente de actividades - a essência do posicionamento estratégico é escolher actividades diferentes dos nossos rivais (Michael E. Porter); (4) É um conjuntp integrado e coordenado de compromissos e acções designados para explorar competências fundamentais e adquirir vantagens competitivas (Michael A. Hitt, R. Duane Ireland, S. Michael Camp e Donald L. Sexton); (5) Todas as organizações operam com base numa teoria do negócio. A estratégia converte esta teoria do negócio em desempenho. O objectivo é permitir à organização alcançar os rersultados desejados num ambiente imprevisível, umaz vez que a estratégia permite a uma organização ser propositadamente oportunista (Peter Druckner).
segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
A estratégia de marca é estratégia do negócio
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
Nunca o marketing de exportação precisou tanto de inovação como hoje
Para que uma marca crie de facto valor, deve ser mais do que apenas a imagem de uma empresa, ou um posicionamento de produto: a marca deve ser a força unificadora de uma organização, dando ao negócio uma direcção e um objectivo. Então, o que é a estratégia de marca? A estratégia de marca é muito mais do que marketing. Uma marca pode ter um marketing agressivo atrás de si, mas a menos que os esforços da empresa estejam realmente alinhados atrás do marketing, este pode falhar. Construir uma estratégia de marca pode colocar algumas questões difíceis. Deve assegurar que todas as operações da empresa sustentem o posicionamento da marca (por exemplo, a distribuição deve estar adequada, as relações públicas, etc. etc.). Também se nota que a estratégia de marca é mais do que comunicação. Comunicar é transmitir informações ou ideias, é fazer passar a mensagem. No mundo dos negócios, trata-se de pôr em pé a velha máxima da persuasão: "nós precisamos que eles pensem ou sintam o que quer que precisem de pensar ou sentir de modo a fazer o que nós queiramos que eles façam" (geralmente, comprar alguma coisa). Isto é "branding" elementar, construir uma imagem que diz alguma coisa aos consumidores, predispondo-os a comprar. Mas a construção de uma marca exige mais do que comunicação. A estratégia de marca passa por assegurar que aquilo que uma empresa comunica está alinhado com aquilo que a empresa põe em prática. A estratégia de marca também é mais do que eficácia. A procura de eficácia é uma preocupação óbvia da actividade empresarial. Mas a estratégia de marca é muito mais do que eficiência. Por exemplo, uma campanha pode levar ao aumento das vendas, mas ao mesmo tempo pode estar a comprometer a posição competitiva de uma empresa a longo prazo (existem muitos exemplos disto). Mas a estratégia de marca é também mais do que posicionamento. Posicionar é diferenciar claramente a marca perante os seus concorrentes: encontrar espaço e ocupá-lo. Posicionar é uma maneira útil de pensar numa marca - de tal modo que posicionamento e "branding" se tornaram quase sinónimos. Habitualmente, quando se fala de "branding" foca-se nos pontos de diferença. Mas o "branding" implica mais do que ocupar uma posição exclusiva. Ou seja, a estratégia de marca é mais do que posicionamento. Muita gente considera que o posicionamento é o aspecto fulcral do "branding", mas a estratégia de marca é mais do que a criação de uma diferença credível face à concorrência. Uma estratégia completa para a marca assegura que os consumidores compreendam plenamente os produtos e serviços oferecidos e que os pontos de paridade com a concorrência sejam inteiramente tidos em conta. Afinal, conclui-se que a estratégia de marca é a estratégia de negócio. Isto explicarei em próximo artigo. No entanto, desde já se conclui que, para chegar a mercados distantes, há necessidade de muita inovação nos conceitos, nas estratégias de marca e no marketing que apoia a marca. E há necessidade de bons profissionais (executivos de marketing, publicitários criativos, designers, etc.).
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
O que pretende um génio do marketing?
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
O consumismo pode ser objectivo de vida?

terça-feira, 25 de outubro de 2011
Marketing no sector financeiro - Alguns aspectos
domingo, 23 de outubro de 2011
O marketing deve ter limites mas as PME devem usá-lo

terça-feira, 11 de outubro de 2011
Inovação e análise do portefólio
Sugestão de passos para a avaliação: (1) Medir a lucratividade; (2) Avaliar o desempenho actual; (3) Avaliar o potencial de longo prazo; (4) Comparar o valor relativo; (5) Considerar a integridade do portefólio; (6) Finalmente, focar no que é mais importante, concentrando-se nos criadores de valor, eliminando os destruidores de valor, fazer uma reengenharia nos casos duvidosos e pensar na inovação.
domingo, 9 de outubro de 2011
Aspectos da gestão da inovação
sábado, 8 de outubro de 2011
Inovação nos negócios
Onde é mais provável que a inovação ocorra na sua empresa?
Imagine como uma inovação bem sucedida poderia mudar o seu negócio. Por exemplo, diferenciando-o da concorrência, estimulando o consumidor, rompendo com o "status quo", etc. Adopte a inovação que se baseia na ruptura, na criatividade, e aplique-a a tudo, de produtos a modelos de negócio. Aprenda com as outras inovações. Qualquer ideia nova, por definição, não será aceite a princípio. São necessárias várias iniciativas, demonstrações e experimentações aborrecidas até a inovação ser aceite e internalizada numa organização. Alguém disse: é imprescindível uma paciência corajosa. Na maioria das empresas, ninguém tem a responsabilidade da inovação. Por isso, tome essa responsabilidade nas suas mãos e oriente os seus colaboradores. A inovação, de facto, consiste na implementação comercial das novas e melhores ideias, sejam produtos ou serviços, novos modos de trabalho, etc.
Exemplos de inovação em cada aspecto do marketing: (1) Mercados - a Starbucks, definindo o mercado de cafetarias de alto nível; (2) Produtos - o aspirador da Dyson, que aspira melhor mesmo sem saco de papel; (3) Serviços - a capacitação do Ritz Carlton, que agradou a todos; (4) Canais - as Niketowns da Nike (EUA), como templos da marca; (5) Definição de preço - o pré-pago, que expandiu o alcance dos telefones móveis; (6) Aplicação - o Ipod, que se tornou o último album de fotos; (7) Modelos - a IKEA, onde os clientes escolhem e montam os produtos eles próprios. Haverá mais a dizer sobre inovação em próximos artigos.
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
A sorte favorece quem está preparado
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
O que fará o consumidor escolher a sua marca?
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
Publicidade - Distinga a sua marca das da concorrência
domingo, 25 de setembro de 2011
Faça publicidade à sua marca
A palavra "marca" tornou-se uma das mais usadas na linguagem empresarial. David Ogilvy descreveu-a como a "soma intangível das características de um produto: o seu nome, apresentação e preço, a sua história, reputação e ainda a maneira como é publicitada". Para compreender o que é uma marca foram identificados (Jon Miller & David Muir) cinco temas que são essenciais para essa compreensão: uma marca aumenta o valor de um produto ou serviço, para além do seu objectivo funcional; uma marca é uma ligação entre a organização e os seus associados, ou seja, aquilo que transmite a ideia de continuidade e confiança; uma marca é o resultado de um comportamento, isto é, tudo o que a organização faz pode criar impacto na marca; uma marca (para ser de facto uma marca) só existe na cabeça das pessoas, ou seja, é um aglomerado de percepções na mente do consumidor; uma marca pode fornecer à organização os objectivos e a direcção que toma e é uma fonte de motivação e interesse para os associados (empregados, clientes, fornecedores e todos os que têm ligações à organização). Assim, se quer que a sua marca dê benefícios à sua empresa, terá que a promover. Em próximo artigo desenvolverei este aspecto.
domingo, 11 de setembro de 2011
Inovação em tempo de crise - Ruptura criativa
sábado, 10 de setembro de 2011
Publicidade - Conheça novos truques
O mundo da publicidade está a meio de uma mudança significativa (o mundo em geral também está). Surgiu a internet, os meios "on demand" e outras formas de publicidade (ou maneiras de a evitar). E a nossa crescente capacidade para executar múltiplas tarefas faz com que seja mais difícil - se não impossível - conseguirmos e mantermos a concentração. Já ouviu falar de convergência? Bem, não tem de fazer mais do que uma estudante do ensino secundário: chega a casa, liga o computador, coloca os "headphones" e liga a música. Depois liga-se ao Instant Messenger e começa a "falar" com os colegas, enquanto liga a televisão para o seu canal e programa preferidos, sem som, e falar acerca do vídeo a que está a assitir, tudo isto enquanto digita o trabalho de casa no Microsoft Word e come uma barra de cereais (baixos em hidratos de carbono). Será que o trabalho de casa ficará bem feito? Pode ser que não, mas não é isso que neste momento está em causa. Será isto muito diferente de tentar falar com um adulto, no meio do trânsito, com o rádio por satélite ligado, o telemóvel a tocar e (será possível?) com uma caneca de café na mão? (exemplos do livro "The Little Blue Book of Advertising", Steve Lance & Jeff Woll).
Claramente, é tempo de reinventar algumas regras na publicidade. A questão mais importante é: por onde começar? (1) Dirija-se às prateleiras de livros de gestão e leia, leia, leia. Os velhos clássicos de David Olgivy, Fairfax Cone e outros. Leia os livros actuais e oiça o que os gurus de hoje têm para dizer e compare com o que diziam os gurus de renome no passado. Alguns dos livros actuais contêm informações muito pertinentes, mas outros são falsos e insensatos. Nem todos se aplicam à sua posição ou situação actual. Mas mesmo assim leia, pense e descubra. (2) Dê formação aos jovens. Os jovens que ainda não conhecem as regras vão ajudá-lo a deixar de ter tantas. (3) Ocasionalmente, assista a seminários em áreas que não conhece. Quando começar a aperceber-se da quantidade de coisas que não conhece, ficará com a mente mais aberta a novas possibilidades (isto é uma espécie de apelo para sair de vez em quando do seu escritório e vaguear pelo mundo, que, como bem sabe, não gira em torno de si). (4) Torne-se amigo de um investigador de mercado. Discuta com ele os seus pensamentos e aprendizagens. Aprenda o que ele viu lá fora no mundo real. (5) Oiça os seus chefes e colegas. Defina o que deverá registar e aplicar no futuro e o que deitar fora. Reflicta e não tenha receio da mudança. De qualquer forma ela está a vir ter connosco. (6) Navegue na internet. Navegue de site em site, pense nos anúncios, nos pop-ups e nos pop-unders, os que funcionam e os que não funcionam. Navegue pelos blogues e tudo o que hoje existe para ver na internet. Quanto mais souber, mais valor terá. Nem todos os problemas podem ser resolvidos pelas regras antigas, como muito bem sabe. Normalmente, as antigas só fazem com que se sinta ainda mais preso nos problemas. Seja corajoso, mas assegure-se de que conhece bem o seu trabalho antes de avançar e que sabe exactamente porque tomou a iniciativa e onde isso o poderá levar. Certifique-se, dentro do possível, que a nova regra é realmente uma regra e que o levará a um processo interactivo. Se tiver tido a sorte de tomar a iniciativa no momento certo, parabéns e boa aprendizagem.
domingo, 4 de setembro de 2011
Publicidade - Que tipo de comunicação fazer em tempo de crise?
Actualmente, todas as equipas de marketing preocupam-se com a crise, que está certamente a afectar as marcas, mesmo as grandes marcas. Há muito tempo que muitos consumidores estão a comprar marcas brancas, algumas de boa qualidade que, por vezes, "imitam" as marcas principais. Até já vi uma reportagem de TV numa grande superfície, em que alguém da "casa" dizia que as marcas brancas têm a mes
ma qualidade das outras, mas com preço muito mais baixo. Será verdade? Ou apenas parece verdade? Só uma análise sobre o conteúdo dos produtos pode responder a esta pergunta e existe em Portugal uma entidade (Deco) que, frequentemente, se debruça sobre os conteúdos dos produtos e os classifica de acordo com certos critérios. Esse tipo de análise é útil aos consumidores interessados na qualidade dos seus consumos.
Mas pensemos no tipo de comunicação que as marcas fazem em tempo de crise. Tenho reparado que na maior parte dos casos (portanto das marcas), a comunicação não mudou muito, a não ser na necessidade de oferecer promoções, algumas bastante tentadoras, quer nas grandes superfícies no domínio dos bens alimentares e de outros de grande consumo, quer no domínio de marcas de roupa e outras marcas. No entanto, as equipas de marketing deveriam também pensar em termos de alteração do conteúdo da mensagem. Em primeiro lugar, analisar o que actualmente pensam os consumidores sobre as suas prioridades de compras. Depois, pensar também se houve algumas alterações nos seus desejos, principalmente se estão muito concentrados nos aspectos da sobrevivência material, ou se, apesar de tudo, continuam a ter importantes necessidades de outra natureza, que possam de algum modo constituir uma base para a comunicação de marketing.
Um aspecto importante a reter é que a segmentação das classes de consumidores torna-se cada vez mais essencial para se atingirem objectivos de vendas ao mais baixo custo promocional (em sentido lato). A estratégia de preço deve ser estudada tendo em consideração essa segmentação. Não basta admitir que todos estão a comprar ao mais baixo preço, porque isso não acontece em todas as situações. Existem consumidores que compram certas categorias de produtos aos preços mais baixos, para poderem optar por outros de preços mais elevados, ou seja, certos tipos de marcas. Por isso, torna-se importante que a estratégia de comunicação seja muito criativa, porque a concorrência vai ser maior a este nível. Abordarei este aspecto em próximo artigo.
terça-feira, 30 de agosto de 2011
Conheça por dentro um caso que fez história - Zara
Foi numa vritine de uma loja na cidade portuária de La Coruña, no norte de Espanha, que Amancio Ortega e a sua namorada viram uma camisa de noite de seda, linda, mas cujo preço estava bem acima do orçamento daquele então fabricante de camisas. Naquela noite ele voltou ao seu ateliê e reproduziu o que havia visto, mas a um preço bem menor e, com a aprovação da sua namorada, lançou a sua própria marca de roupas de dormir e lingerie, modernas mas de preço acessíve
l. A reacção do público foi tão positiva que ele não demorou a ampliar a gama de vestuário do seu negócio e, em 1975, abriu a sua primeira loja naquela pequena e um tanto monótona cidade pesqueira. Ortega "perseguiu" a sua visão de roupas "saídas do forno", traduzindo as últimas tendências dos desfiles de moda para as ruas, com novas colecções mais rapidamente do que outras confecções. O negócio cresceu com rapidez nos anos 1980 e, em 1989, Ortega abriu as suas primeiras lojas em Paris e Nova Iorque. Uma das abordagens mais interessantes talvez tenham sido os diferentes posiciomaentos competitivos que a Zara adoptou em diferentes mercados: em Espanha vende alta-costura a preços baixos, nos EUA tem preços mais elevados, enquanto no Reino Unido os preços são médios. A Zara é actualmente a maior marca do grupo Inditex, com dezenas de milhares de funcionários. Inclui outras marcas de apoio como Pull & Bear e Massimo Dutti.

Com Ortega ainda à frente do negócio (pelo menos ainda há pouco tempo), a empresa tem muitos designers mergulhados profundamente nas suas pesquisas de mercado, ou recém chegados de desfiles e de visitas a tecelagens, prontos para levar para a rua as últimas tendências em tempo recorde.
A verdadeira fonte do sucesso da Zara está na velocidade e na eficiência. Tudo está organizado e é aperfeiçoado para a empresa ser a primeira no mercado, a oferecer a última moda a preços razoáveis. O conceito depende da contínua criação e rápido abastecimento com novos modelos. Ao visitar qualquer das lojas Zara, pode ver-se artigos de vestuário diferentes no intervalo de poucas semanas. Os seus compradores percebem que têm necessidade de decidir na hora, pois os artigos podem desaparecer, principalmente nos tamanhos mais vulgares. A experiência "in store" da Zara é também uma plataforma muito importante do seu marketing, que rejeita a publicidade típica da TV ou imprensa. A empresa está convencida que o mais importante no seu marketing é a localização apropriada e bem visível das suas lojas, com interiores espaçosos e modernos, em vez de informação excessiva na TV. A Zara gasta apenas 0,3% das suas receitas em marketing e mesmo assim conseguiu construir uma das marcas mais desejadas e comentadas no mercado da moda. Na mesma linha de raciocínio, Amancio Ortega, o velho camiseiro da Galícia, talvez não seja o nome mais conhecido do mundo da moda, comparado com Armani, Klein ou Dolce & Gabbana, mas é um dos mais ricos. e certamente o mais rico de Espanha.
domingo, 28 de agosto de 2011
Vendas online - O princípio e o futuro
Conhecer o cliente permitiu à Amazon construir um perfil dos seus interesses e gostos e possibilitou fazer recomendações. Às vezes, as suas sugestões de livros ou música são muito precisas e o cliente (dando a sua autorização) começou a receber e-mails aquando do lançamento de novidades (isto actualmente é vulgaríssimo, mas estavamos nos anos 1990). O ano de 1999 foi de rápido crescimento para Bezos e a Amazon passou a oferecer muitos mais artigos. A empresa passou a atrair mais de 10 milhões de clientes ao ano, depois de se vencer a preocupação inicial de comprar online. No final dos anos 1990, a Amazon ganhou força com o "boom" do ponto.com e a empresa chegou a ser considerada como a razão do baixo movimento nas ruas comerciais e pela iminente "morte" do intermediário da indústria. Mas assim que rebentou a bolha tecnológica (2000), as pessoas rapidamente esqueceram, nessa altura, os livros e CDs da loja online. A situação esteve má ou fraca durante alguns anos, mas em 2004 Bezos entrou de novo na margem da lucratividade. Sem fazer muito ruído, a Amazon continuou a diversificar produtos e a atrair clientes que, inicialmente, apenas visitavam o website por curiosidade.
Gradualmente (e em certos casos muito rapidamente), a década de 2000 assistiu à expansão das vendas online em muitíssimas empresas norte-americanas, seguidas pelas da Europa, etc. Actualmente, quase todas as grandes superfícies (em vários sectores de negócio) fazem vendas online e existem empresas que se dedicam exclusivamente a este tipo de vendas. A internet e o comércio electrónico vieram revolucionar a actividade económica e o futuro prevê-se favorável a este tipo de vendas. Os consumidores, atraídos pela publicidade e pelos media, pretendem adquirir produtos específicos e vão à internet, em vez de se deslocarem ao local de venda, que até pode estar longe da residência, ou por ser mais cómodo. Em Portugal, recentemente, no semanário Expresso (Emprego) procuravam-se profissionais com conhecimento e experiência de vendas online e acrescentava-se que esta área está num crescendo na oferta de empregos. Isto diz-nos algo sobre o futuro das vendas online.
Necessário aos negócios - Pensamento original e pensamento criativo

sábado, 27 de agosto de 2011
A distribuição no século XXI e a distribuição tradicional
Se repararmos bem, todos nós sabemos que há muito tempo o comércio tradicional foi ultrapassado pelos novos modelos de distribuição que tiveram início nos EUA (em meados do século XX), estenderam-se pela Europa e depois por todo o mundo. No entanto, o comércio tradicional não desapareceu totalmente, pois mantinha a sua função principal: lojas de proximidade. Gradualmente, todavia, grande parte das lojas começou a sofrer a redução dos seus negócios. Muitas e muitas foram resistindo, com lucros baixíssimos que praticamente não davam para investir em modernização, mas apenas para pagar aos trabalhadores (os que iam ficando) e naturalmente aos pequenos proprietários, também eles a sofrer com lucros muito baixos.
No sector alimentar, as grande superfícies tomaram conta de grande parte do negócio, enquanto nos outros sectores foram também surgindo modernas formas de distribuição do tipo grande superfície com preços baixos, ou, no caso da roupa e similares, com marcas bem desenhadas. Nos bens de consumo, a nova distribuição também tomou conta de grande parte dos negócios, incluindo nos bens de consumo duradouro e na electrónica de consumo. O comércio electrónico (vendas online) desenvolveu-se em muitos sectores, nalguns casos exponencialmente.
Várias vezes no meu blogue reflecti sobre estes aspectos e indiquei que as lojas do comércio tradicional que quisessem sobreviver teriam que apostar num tipo de estratégia bem estudada e assente nas suas vantagens comparativas que, cada vez mais, estavam a desaparecer. Algumas dessas vantagens, no entanto, permaneciam, pois muitos negócios (novos e anteriores) prosseguiam. Uma das principais vantagens consiste no atendimento personalizado, pois a vantagem da proximidade também se reduziu, dado que algumas cadeias de supermercados começaram também a apostar nessa vantagem. Assim, há que pensar em termos de estratégia de marketing. Há que criar um conceito de negócio diferente (ou recriar no caso de negócios existentes) e pensar "a quem queremos vender", "o que queremos vender" e "qual a melhor forma de vender". E ainda "conhecermos bem a nossa clientela".
Para demonstrar o que se pode fazer em termos de negócio com este tipo de raciocínio, vou apresentar um exemplo. Antes, porém, deve referir-se que a inovação é o aspecto fundamental dentro do raciocínio. Seja um produto inovador, ou um conceito diferente (portanto inovador), ou uma nova forma de apresentar o produto ou serviço, tudo pode ser pensado. O exemplo é a "Panera Bread". A Panera (início 1981) foi uma simples padaria norte-americana (em St. Louis) responsável por criar uma obsessão dos norte-americanos por pães especiais. O negócio desenvolveu-se e em meados da década de 2000, a Panera era já uma rede com mais de 800 cafetarias (bakery cafes) que assavam (e assam) o próprio pão, detendo a maior fidelidade do cliente a um retalhista dos EUA. O CEO e presidente da Panera fez o possível por passar a maior parte do tempo possível nas lojas, conversando com os clientes e descobrindo o que os motivava (e motiva). Tentanto saber o que devia oferecer nas lojas pelo qual valesse a pena o cliente desviar-se do seu caminho para ir à Panera Bread. Descobriu que para os clientes era importante usufruir da tradição de "comer pães artesanais fresquinhos". Criou, assim, um conceito especial. Cada loja da Panera é espaçosa, contemporânea, pintada com cores vivas e com lareira acesa nos meses frios. Próximo das portas de entrada, as lojas oferecem os menus com os artigos para levar para casa, que incluem desde o pão do dia até pãesinhos para provar. O serviço personalizado é um aspecto-chave, que gera a consolidada preferência dos clientes. O CEO também descobriu que os clientes querem alimentos em "que possam confiar", que não sejam industrializados demais, que não tenham muitos aditivos, sendo, por exemplo, as "sanduíches e saladas preparadas com frangos criados com técnicas mais humanas, sem o uso de antibióticos". Acresce que os clientes também gostam de usufruir o espaço e sentar-se a conversar, para além de levar pão e outros artigos para casa. A Panera foi estendida através de "franquias", mas não existe propriamente uma fórmula pronta, pois é a comunidade local que está no centro da estratégia e as lojas não oferecem exactamente o mesmo mix de produtos em todos os locais. Actualmente, a Panera Bread tem quase 1500 "bakery cafes".
Este exemplo demonstra o que a inovação e criatividade podem fazer pelo comércio tradicional. Para uma loja do comércio tradicional sobreviver e, de preferência, continuar a crescer, o empresário deverá pensar em termos de negócio e não apenas como se de uma pequena loja se tratasse, com certos produtos à venda. Deverá pensar na sua estratégia de negócio, fazendo as perguntas certas sobre "a quem vender", "conhecer minimamente a quem quer vender", "o que vai vender", "como vai vender", "se necessário criar uma marca e preparar a respectiva estratégia". Em suma, criar um negócio que possa ter sucesso, em vez de tentar sobreviver não fazendo nada e declinar, declinar, declinar até ao encerramento.
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
O crescimento mundial, o dos EUA e o dos países emergentes
Vejamos então o crescimento mundial. "The Economist" prevê para 2011 e 2012 taxas pouco acima dos 4%, enquanto no grupo dos países da OCDE a taxa deverá ser inferior a 2,5% e na União Europeia (a 27) deverá ser menos de 2%.
Para o caso dos EUA, "The Economist" considera que esta economia está a sofrer um período de fraqueza, desde o início de 2011, devido à alta dos preços de petróleo, que se reflectiu nos preços da gasolina e contribuiu para a redução dos rendimentos das famílias. Existem analistas a considerar que já há sinais que permitem concluir que a fraqueza do crescimento está a chegar ao fim (preços da gasolina a descer, com consequente maior confiança dos consumidores). No entanto, "The Economist" tem a visão de que a fraqueza estrutural está a dar muita lentidão à recuperação económica daquele país. "The Economist" considera ainda que as más condições das contas das famílias norte-americanas estão a impedir que a recuperação seja mais evidente. Acresce que o mercado imobiliário permanece muito fraco. Neste contexto, as empresas estão a evitar investir de modo mais agressivo, embora os custos dos empréstimos estejam baixos.
No que refere aos mercados emergentes, ainda que venham a beneficiar de uma situação económica favorável e de crescimento, as grandes economias emergentes devem ficar alerta para uma possível desaceleração brusca. De acordo com "The Economist", uma economia emergente, quando atinge um nível de desenvolvimento próximo ao das economias avançadas, precisa de começar a inovar por conta própria. Ou então o crescimento poderá desacelerar como aconteceu em muitos países da Europa, nos "tigres asiáticos" e na América Latina. Como as economias emergentes têm sido o motor do crescimento global, resta saber quando será alcançado o limite. Um estudo que analisou dados desde 1954 verificou que a desaceleração do crescimento ocorre quando o PIB per capita atinge 16.740 dólares (em paridade de poder de compra). Então, a taxa média anual pode cair de 5 a 6% para cerca de 2%. Por exemplo, o crescimento veloz da China (actualmente a 2ª maior economia e que dentro de 20 anos poderá ser a maior do mundo) indicia que essa economia deverá alcançar o limite em 2015, bem antes das outras economias emergentes. O crescimento da China poderá estar nos 9% até 2016 (previsões do FMI) e desacelerar então para 7% ou 8%, o que não é assim tão assustador para a economia mundial.
Mas atenção, todos os países terão que gradualmente repensar os seus clientes no exterior e reorganizar a sua distribuição e estratégia de marketing de exportação. Por outro lado, os teóricos da economia terão que refazer as teorias do crescimento económico, analisando dados históricos de muitas economias. Teremos que esperar para ver. Entretanto, já se sabe que a procura de redução das grandes disparidades regionais passa por aumentar a taxa de investimento em capital fixo e pela qualificação da força de trabalho das regiões mais pobres. Corrigir as desigualdades, não só tem importância do ponto de vista da cidadania dos povos, mas também poderá ter efeitos sensíveis sobre o rendimento per capita das regiões mais pobres. Penso que poderá iniciar-se uma agenda de pesquisa sobre a diversidade das características institucionais e culturais de muitos países e sobre as suas relações com o crescimento económico. Segundo vários analistas, a integração dos países mais pobres na economia internacional deveria ser estudada cautelosamente, especialmente se não houver suficientes economias de escala ou vantagens comparativas, pois esses analistas consideram que o efeito da integração poderá ser perverso para certas regiões.
domingo, 14 de agosto de 2011
O "rating" dos EUA e os mercados internacionais
A queda no mercado imobiliário, neste momento, rivaliza com a que existia na Depressão dos anos 1930. Muitos analistas consideram que grande parte desta fraqueza da economia reflecte factores temporários, tais como os elevados preços da gasolina, as más condições climáticas nos EUA e ainda as consequências do desastre natural no Japão. Consideram, portanto, que a previsível redução dos preços da gasolina e o regresso de condições climáticas normais aos EUA e Japão, deverão proporcionar uma aceleração do crescimento. Mas consideram também que existem outros factores no terreno que poderão provocar uma fraqueza mais longa. Para além da crise no mercado imobiliário, as políticas de apoio não estão a ajudar. A focalização do Congresso no teto da dívida deixou ficar para trás o estímulo fiscal, qque foi um motor significativo no crescimento de 2009 e 1010. De facto, o foco no debate sobre o teto da dívida federal está a prejudicar (e já prejudicou) a confiança na economia.
Entretanto, a aprovação no Congresso do compromisso sobre o aumento do teto da dívida foi um alívio e a bancarrota iminente foi evitada, mas o perigo da recessão mantém-se. Refira-se que o abrandamento do crescimento dos EUA já vem de há muitos anos. Caiu de mais de 4% em média anual nas décadas de 1950 e 60 para 3,1% no decénio de 1990 e 1,4% nos anos 2000, com uma grande recessão no final dessa década. O crescimento de 2011, conforme os dados apontados atrás, indiciam a continuação do abrandamento. O que é que isto pode significar? Entre outros aspectos, aponta-se um dos principais: a economia mundial está a mudar de ritmo de crescimento e também a mudar a focalização, até agora muito baseada nas economias industrializadas do Ocidente, para uma maior focalização nas economias emergentes que durante muito tempo foram consideradas de terceiro e segundo mundo, terminologia que já está nestes casos ultrapassada. Em suma, as empresas portuguesas exportadoras já entenderam que, para assegurarem a expansão ou, no mínimo, a sobrevivência, têm que diversificar os seus mercados de destino, nomeadamente mercados menos tradicionais fora da Europa Ocidental. A este assunto voltarei em próximo artigo.
sexta-feira, 12 de agosto de 2011
Testar uma nova definição de mercado - Caso
Podemos imaginar o raciocínio da LBS, a partir dos critérios enunciados no artigo anterior. Se é verdade que a oportunidade poderia ser potencialmente lucrativa e que os empregados iriam acolher com satisfação a iniciativa, nem todos os critérios seriam satisfeitos. Oferecer pequenos cursos sobre temas económicos "quentes" não era compatível com o posicionamento da LBS, nem se alinhava com as suas competências centrais de proporcionar formação e pesquisa rigorosas e aprofundadas. A LBS teve o discernimento de rejeitar a proposta numa fase muito inicial, porque era claramente incompatível com os critérios delineados. No entanto, há alturas em que é difícil fazer esta constatação, à qual apenas se chega através de investigação ou mesmo de um lançamento experimental. Até, por vezes, para produtos inovadores que satisfaçam necessidades latentes dos consumidores, a investigação e a experiência inicial se podem revelar inconclusivas.
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
Como testar uma nova definição de mercado
Estas questões talvez não forneçam uma resposta final sobre como definir o mercado, mas são certamente úteis para anular definições pouco apropriadas.
quarta-feira, 10 de agosto de 2011
Encontrar uma nova definição de mercado em tempo de crise

Provocar, ou deixar reinar o caos. O caos é uma condição de desordem ou confusão. Ainda que muitas empresas dediquem a sua energia a evitar este estado, trata-se de uma condição necessária para encontrar soluções criativas: as definições de mercado mais eficazes são as que não são óbvias e aquelas em que ninguém pensou. O primeiro passo é pensar criativamente, identificando todas as respostasd possíveis, independentemente de quão absurdas pareçam no início. Por exemplo, nos produtos existentes (e para necessidades existentes), tentar encontrar novos mercados (isto passa-se no dia-a-dia das exportações); nos produtos existentes (mas para novas necessidades) tentar encontrar novos produtos possíveis para mercados já existentes; em novos produtos (para necessidades existentes), tentar encontrar novas aplicações possíveis para produtos existentes (esta opção também é frequentemente utilizada); em novos produtos (mas para novas necessidades), tentar encontrar novos produtos possíveis que vão ao encontro das necessidades latentes dos consumidores (esta opção exige muito estudo).
Testar, ou reinar sobre o caos. Tendo gerado muitas possíveis definições de mercado para a marca - e muitas respostas para as perguntar "quem?" e "o quê?" - temos de escolher qual adoptar e qual rejeitar. Por outras palavras, precisamos de um conjunto de critérios claros que sejam aplicáveis. Em próximo artigo, veremos como encontrar tais critérios.
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
A definição do mercado pode exigir decisões difíceis
(1) Decisões difíceis: quem são os nossos clientes?
Em finais dos anos 1980, o banco dinamarquês Lan & Spar estava em dificuldades financeiras e decidiu olhar de maneira nova para a questão: "quem são os nossos clientes?". Tendo decidido focar-se nos trabalhadores liberais, o banco escreveu a todos os seus clientes institucionais (que representavam cerca de 25% dos depósitos) e pediu-lhes para abandonarem o banco. Desbastar a carteira de clientes não costuma ser a solução óbvia para um banco em dificuldades, mas neste caso permitiu à empresa focar os seus esforços num posicionamento de marca claro. Como resultado, em três anos o banco tornou-se o mais lucrativo da Dinamarca. No final da década de 1990, tinha entrado no "top ten" dos bancos dinamarqueses. Definir o mercado envolve muitas vezes sermos resolutos a respeito daqueles a quem não nos estamos a dirigir.
(2) Decisões difíceis: o que é que nós vendemos?
A Intel já tomou algumas decisões difíceis. No início dos anos 1980, a empresa abandonou o fabrico de memórias para computador, escolhendo focar-se nos microprocessadores. No entanto, em dois anos a empresa teve de enfrentar mais uma opção difícil: se devia continuar com a tecnologia CISC, então existente, ou se devia apoiar o novo método RISC. Os debates internos foram aguerridos e dividiram a empresa. Sem conseguir resolver a disputa, esta salvaguardou as suas opções, apoiando ambas as tecnologias. Mas os resultados foram quase desastrosos: o tempo e os recursos na Intel foram divididos, e as energias da empresa foram focadas numa disputa interna entre duas visões de futuro. Em breve se tornou evidente para o então presidente da Intel, Andrew Grove, que a empresa tinha perdido a sua resposta para a pergunta "O que estamos a vender?" Era necessária uma decisão: Andrew abandonou a tecnologia CISC - uma decisão que abriu caminho aos sucessos subsequentes e bem conhecidos da Intel.
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
Marcas bem definidas entram mais facilmente nos mercados estrangeiros
domingo, 31 de julho de 2011
Factores que contribuem para a quota de mercado
Aliás, para um grande número de categorias, uma marca forte não é o factor mais importante. Nas companhias aéreas, por exemplo, a escolha dos consumidores é determinada principalmente por uma combinação de preço, rota e horários. Os programas de voo frequente também ajudam a reforçar os comportamentos dos consumidores, ao alimentarem o seu apetite por milhas aéreas. As preferências por uma marca podem existir, mas por si só não conduzem à compra. O marketing pode ter muita influência no aumento da quota de mercado, mesmo em marcas menos fortes.
sábado, 30 de julho de 2011
O papel das marcas no aumento das quotas de mercado

Desde o nascimento dos computadores pessoais, em finais dos anos 1970, o marketing tinha sido desenvolvido por vendedores de computadores (IBM, Apple e Compaq) e também por fabricantes de software (Microsoft). A ideia de fazer uma campanha sobre um componente interno, dirigida ao comprador, foi radical. Como recordam os arquivos da própria Intel, o marketing dirigido ao consumidor final foi uma ideia nova para uma empresa de semicondutores. Para muita gente dentro da empresa, o programa parecia ir um pouco longe demais. Muita gente questionou a necessidade de uma abordagem deste tipo.
Quando a campanha começou, a Intel já era líder de mercado, com uma impressionante quota de mercado de 56%. No entanto, a indústria estava numa mudança acelerada - um fenómeno que viria a chamar-se "lei de Moore" (em homenagem a um dos fundadores da Intel, George Moore). Apesar da vantagem, a Intel não podia tomar a sua posição concorrencial como garantida: "era necessária uma marca forte para distinguir a Intel da manada". Em 1991, após testes regionais nos EUA, a Intel lançou em todo o mundo o seu impressionante programa "Intel Inside" e passados dez anos, os investimentos já tinham atingido 5,5 mil milhões de dólares: o programa, disponível para todos os fabricantes de computadores, oferecia-se para partilhar os custos da publicidade que incluísse a marca Intel. Através desse programa, com quase dois mil parceiros, cerca de 90% de toda a publicidade a PC em 2001 tinha o logótipo "Intel Inside". A queda dos preços dos computadores em meados da década de 1990 aumentou ainda mais a procura, que se estendeu ao público em geral. Em 2001, a quota de mercado da Intel era de 86%. Foi este o efeito da utilização do logótipo "Intel Inside".
sexta-feira, 29 de julho de 2011
Quer conhecer alguns aspectos da quota de mercado?
Aumentar a quota de mercado - e mantê-la - é muitas vezes considerado o ponto fulcral do "branding". Na óptica dos profissionais de marketing, os negócios são um combate pelo território do mercado e as empresas mais bem sucedidas são aquelas que possuem marcas mais fortes: a força das marcas está relacionada com a quota de mercado. É costume dizer-se que nada é tão bem sucedido como o sucesso. As marcas com quotas de mercado elevadas são, muitas vezes, mais populares precisamente "porque são mesmo mais populares". As marcas grandes estão associadas a baixo risco e elevada aceitação: os consumidores sentem-se seguros. A posição forte deste tipo de marcas permite-lhes auto-reforçarem-se. E qual o papel das marcas no aumento das quotas de mercado? Veremos este aspecto em próximo artigo.
quinta-feira, 28 de julho de 2011
A importância do país de origem
Mas a hipotética vantagem que uma marca de origem pode trazer é suficientemente significativa para que muitas marcas sejam enganadoras a respeito da sua proveniência. Por exemplo, Brooklyn era a pastilha elástica mais vendida em Itália (nos primeiros anos da década 2000), fabricada em Milão, mas tinha um estilo muito norte-americano. Para uma marca que procure estebelecer-se em novos países, decidir qual o papel do lugar de origem é um primeiro passo crucial. Nos últimos anos, temos visto em Portugal muitas marcas de empresas nacionais escolherem nomes na língua inglesa, não só para apelar com um estilo diferente no nosso mercado doméstico, mas também com o objectivo de se tornarem globais.
Em termos gerais, há três grandes abordagens à decisão do modo como se posiciona uma marca face ao seu país de origem - resultando em três tipos de marcas internacionais: marca naturalizada, que são as marcas que se tornam "nativas", ou seja, as que os consumidores presumem que elas nasceram no país em que vivem; marcas exóticas, que são as que capitalizam na sua proveniência, usando o país de origem para sofisticar o seu posicionamento (fora dos seus países estas marcas são percebidas como estrangeiras - há muitos e muitos exemplos); marcas ubíquas, são marcas que utilizam como estratégia viverem numa terra de ninguém, sem uma base geográfica (os consumidores não têm a certeza de onde são e, na verdade, não se interessam por saber).
quarta-feira, 27 de julho de 2011
As marcas internacionais são relativamente recentes
Surgiu então a abordagem norte-americana, que consistiu na marcha global das grandes marcas de consumo, que atingiu o pico em meados dos anos 1990. As empresas, na maioria globais - Marlboro, Coca-Cola, Levis, Budweiser, McDonald's, etc - ergueram o seu sucesso sobre marcas cuidadosamente construídas. Os líderes dessas marcas orgulham-se mesmo do modo como as construíram. Mas na altura, Sir Martin Sorrell disse: "Não existe globalização, existe apenas americanização". Alguns comentadores de então atribuíam o sucesso dessas marcas à sua origem. Muitas marcas dos EUA assentaram na sedução da iconografia norte-americana. Aliás, isto parece uma estratégia precária, já que o ressentimento relativamente à América cresceu em várias áreas do mundo internacional. Mas o país de origem desempenha um papel importante. Veremos este aspecto em próximo artigo.
terça-feira, 26 de julho de 2011
Porque tem de criar uma marca
domingo, 24 de julho de 2011
Criar publicidade é importante e é divertido
terça-feira, 12 de julho de 2011
Não seja demasiado perfeccionista se quer atingir objectivos
sábado, 9 de julho de 2011
Porque ainda não desisti do meu blogue
quinta-feira, 12 de maio de 2011
Os níveis de fidelidade às marcas estão a diminuir?
- Os consumidores estão mais confiantes e cientes das suas opções. Em resultado disto têm mais probabilidades de verem cada transacção de acordo com os seus méritos.
- Tornou-se cada vez mais fácil comparar as ofertas concorrentes, sobretudo desde o aparecimento da internet. Isto permite aos consumidores escolherem sempre a melhor oferta.
- Para muitos consumidores, os cartões de fidelidade encorajam a procura de descontos.
- Cada vez mais as pessoas procuram variedade e gostam de testar novas marcas e produtos, já que os patamares de tédio nunca foram tão baixos e que muitos consumidores gostam de quebrar as velhas rotinas - isto teve um impacto negativo na fidelidade dos clientes.
domingo, 8 de maio de 2011
Como gerar fidelidade a uma marca
Até aos anos 1980, a maioria das pessoas considerava que a chave para manter a fidelidade estava na satisfação dos clientes. Esta ideia foi posta em causa por W. Edwards Deming, que explicou que um cliente satisfeito hoje pode ter necessidades diferentes amanhã. Desde então, muito trabalho foi feito para provar que os índices de satisfação, por si sós, não permitem prever o modo como o consumidor se comportará. É claro que a satisfação é necessária para manter os clientes fiéis, mas nem sempre é suficiente. Estudos de muitas marcas demonstraram que os consumidores satisfeitos são muitas vezes desleais.
Rapidamente emergiu uma perspectiva diferente. Os índices de satisfação, afirmou-se na altura, mediam os aspectos racionais e funcionais da experiência do consumidor. Apenas olhavam para trás e não captavam as emoções do consumidor a respeito da marca. Organizações, como a Gallup, fizeram uma pesquisa alargada para determinar a importância de medir aquilo que denominavam como a dinâmica emocional, argumentando que as pessoas "são fiéis a marcas que merecem tanto a sua confiança racional como a sua afeição profunda". Estes argumentos foram publicados por Frederik F. Reichheld no seu livro "The Loyalty Effect", em 1996. Esta investigação mostrou que o custo de angariar novos clientes era cinco vezes superior ao custo de servir clientes existentes - com a implicação óbvia de que construir fidelidade devia ser uma prioridade estratégica de qualquer marca. Em próximo artigo defenderei que a fidelidade a uma marca está relacionada com a sua força e também tentarei responder à questão: será a lealdade determinada pela força da marca ou com o seu tamanho?
sábado, 7 de maio de 2011
O impacto das marcas no negócio
- As marcas fortes reduzem o risco do negócio - Há provas claras de que as marcas fortes estão associadas a níveis mais baixos de risco para a empresa.
- As marcas fortes geram opções - As marcas podem criar valor abrindo novas áreas de potencial para a actividade empresarial.
sexta-feira, 6 de maio de 2011
Planeamento estratégico da marca
Definir o mercado é a tarefa fulcral para o negócio. Uma definição boa e perspicaz pode fazer uma grande diferença no desempenho de uma marca. Os principais desafios estratégicos que uma marca pode enfrentar são os seguintes:
- Lançamento - Colocar uma marca no mercado pela primeira vez.
- Desafio - Enfrentar as marcas dominantes no mercado, o que muitas vezes requer um planeamento particularmente engenhoso.
- Manutenção - Defender uma posição de mercado contra desafios, contra as mudanças no mercado e os caprichos dos consumidores.
- Revitalização - Renovar uma marca existente, que perdeu o seu brilho.
- Re-branding - Modificar a marca de um produto, serviço ou empresa.
- Aquisição - Integrar uma marca que se adquiriu num portefólio existente.
Todas as marcas se deparam com uma ou mais destas questões em determinada altura da sua vida - muitas vezes com várias questões ao mesmo tempo. Há que trabalhar bem cada um dos aspectos referidos, através de estratégias bem desenhadas e com os necessários investimentos em marketing, investimentos muitas vezes menorizados, principalmente por PME, que não sentem que estão a investir na marca e no negócio, mas antes encaram esses investimentos como meras despesas.
segunda-feira, 2 de maio de 2011
Compreender a força da marca
sexta-feira, 29 de abril de 2011
Como criar oportunidades para a extensão de um produto a novas áreas

quinta-feira, 28 de abril de 2011
Estratégia - Adaptação à mudança dos tempos - Caso
A estratégia desta marca constrói-se a partir de convicções deste tipo. "The Economist" tinha conseguido manter uma consistência no estilo e no tom da campanha e foi-se adaptando às mudanças constantes do mundo dos negócios. Eis as alterações que a marca foi concebendo desde os anos 1980:
- Década de 1980 - Contexto: Almoços de negócios, "yuppies", thacherismo, reaganomics. Promessa: "Coloca-o à frente dos negócios".
- Início dos 1990 - Contexto: Combate à recessão, "downsizing", queda das acções, sucesso em manter o emprego. Promessa: "Não seja apanhado".
- Final dos 1990 - Contexto: Clinton/Blair, retórica mais "inclusiva", reviravolta, equilíbrio trabalho/vida, desenvolvimento pessoal. Promessa: "Exceda os seus limites".
- Início de 2000 - Contexto: Acontecimentos mundiais (11 Setembro, Afeganistão/Iraque, incerteza económica, um toque de paranóia global. Promessa: "Mantenha-se um passo à frente".
Qual foi o desempenho financeiro da marca? Em suma: mais leitores; leitores mais fiéis; mais leitores de qualidade; mais receitas de publicidade; mais receitas através da extensão de marca. A força da marca contribuiu claramente para o crescimento do negócio. Ao mesmo tempo que alimentava o crescimento no Reino Unido, a marca icónica tornou-se reconhecida internacionalmente.
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