O crescimento em 2012-1014 deverá, contudo, ser mais estável e a um ritmo mais nítido do que em 2007-1011. Mas o regresso às taxas de crescimento registadas antes da crise (só possíveis devido ao excessivo crescimento do crédito) será improvável. Os EUA necessitarão de vários anos durante os quais o consumo privado crescerá menos do que a procura total, enquanto o sector público terá também de fazer restrições a médio prazo. Na Europa Ocidental as restrições fiscais terão o seu peso no crescimento em muitos países. Acresce que, como os subsídios salariais encorajaram a acumulação de trabalhadores em laboração para conter o desemprego, o regresso a um saudável crescimento do emprego levará muito tempo, uma vez que as empresas têm grande espaço para aumentar a produção sem recorrer a novos trabalhadores. Algumas economias da Europa Ocidental, incluindo Espanha e Reino Unido, bem como muitos países do Centro e Leste da Europa, levarão muito tempo a absorver as consequências dos anteriores empréstimos excessivos e do declínio da competitividade. A Ásia será a região mais forte, em termos de crescimento económico, embora a necessidade de reduzir a maciça expansão de crédito na China (vinda já de 2009) possa levar a alguma instabilidade.
Assim, aconselha-se as empresas portuguesas exportadoras a procurarem novos destinos, nomeadamente mercados emergentes da Ásia e da América Latina.
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