Os países emergentes, com excepção dos da Europa Central e Oriental, têm registado uma recuperação vigorosa. Embora os analistas prevejam que o crescimento nos países emergentes abrande em 2011, reflectindo a quebra da expansão do mundo desenvolvido, o crescimento na zona fora da OCDE (em paridade de poder de compra), será ainda assim da ordem dos 6%. Isto conduzirá a um certo alívio por parte de países como a Alemanha e o Japão, que dependem cada vez mais do crescimento da penetração das suas exportações nos mercados emergentes, a fim de impulsionar o seu próprio crescimento. Também noutras economias em “bolha”, como as dos EUA e do Reino Unido, o crescimento das exportações é vital, para ajudar a compensar a fraqueza da procura interna.
Contudo, isto não minimiza os desafios que as economias emergentes também enfrentam. Muitas delas tornaram-se dependentes do apoio político que, dada a inexistência de problemas nas respectivas contas, tiveram um forte e rápido efeito no seu crescimento. Face à fraqueza de muitos dos seus mercados-chave entre os países desenvolvidos, permanece assim pouco claro como é que estas economias serão capazes de crescer, logo que aquele apoio comece a desaparecer. Relacionado com isto, serão também necessárias alterações estruturais em muitos mercados emergentes que dependem das exportações para impulsionar a sua procura interna e reduzir a dependência dos mercados ocidentais pouco vigorosos.
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