Há quem diga que as más notícias são boas para o negócio. Mas só se actuarmos sobre elas. Bill Gates disse: “Temos de ser consistentemente receptivos às más notícias e actuar em função delas”. Porque são as más notícias tão importantes? Obviamente é bom termos uma visão equilibrada do desempenho da nossa empresa. Mas há um aspecto mais geral: as más notícias podem ser uma indicação de que as regras do jogo estão a mudar. Por exemplo, as preferências dos consumidores podem transformar-se, ou as vantagens competitivas podem ter sido neutralizadas. Os consultores de gestão chamam a isto rupturas do mercado. Segundo analistas, estas são um “conjunto de acontecimentos que leva a uma transição de poder, dentro do mercado, dos protagonistas estabelecidos para protagonistas emergentes”.
As marcas fortes revelam por vezes grande resistência face às rupturas do mercado. No entanto, isto é frequentemente o resultado da influência comercial, mais do que da força da marca. Quando são confrontadas com uma grande revolução nos seus mercados, as grandes marcas podem tentar conter os prejuízos segurando os seus consumidores. Por exemplo, a United e a American Airlines fizeram um grande esforço para abafar o ataque das companhias aéreas “low cost”, através de programas de incentivos a passageiros frequentes. No Reino Unido, a British Airways tentou encontrar uma saída mais radical para o problema fundando a sua própria companhia aérea de baixo custo: a Go. Mas as rupturas do mercado também originam oportunidades. Escreverei sobre este aspecto em próximo artigo.
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