Este método esteve na origem de um dos mais impressionantes volte-faces alguma vez visto no Reino Unido (The Business of Brands, Jon Miller & David Muir, 2004). A marca em questão foi a Skoda, um carro muito desprezado, considerado pelos consumidores britânicos como o produto ridiculamente falhado da engenharia soviética. A reputação da marca era tão baixa que gerou um conjunto de anedotas pejorativas (Como se chama um Skoda com duplo escape? Um carrinho de mão ...). Era esta a situação da Skoda nos anos 1990, uma marca famosa pelas más razões.
A marca precisava de revitalização. A reviravolta começou com uma ajuda: o colapso do comunismo, que permitiu uma associação entre a Skoda e a Volkswwagen. Mas, após ter enfrentado os problemas de qualidade, a marca precisava de enfrentar a opinião pública, que ainda estava muito alinhada contra si. A tarefa de dar a volta à opinião dos consumidores coube a uma agência de publicidade, que estava determinada a enfrentar o problema desde o início. O problema muito mediatizado exigia comunicação para as massas, por contraste com a comunicação para os indivíduos. A campanha foi corajosa, reconhecia a incredulidade com que era recebido o lançamento de novos modelos, mas a ideia foi bem concretizada com uma auto-ironia bem humorada (É um Skoda, a sério!). O carro era tão bonito e tão bom, que as pessoas não acreditavam que era um Skoda. Um dos anúncios era protagonizado por um arrumador de carros que dizia: “Lamento senhor mais um vândalo colou um logotipo Skoda no seu carro. A campanha foi bem recebida, teve prémios e conseguiu uma espantosa reviravolta para a imagem da marca e, principalmente, para as vendas.
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