Ao longo dos anos os modelos de negócios sofisticaram-se e passaram a reflectir a natureza evolutiva dos mercados e da concorrência, e a migração de valores entre indústrias e dentro da cadeia de valor. Por exemplo, modelos de “isca e anzol” têm sido adoptados há mais de um século, em que um produto de baixo custo (a isca) exige reposições regulares e relativamente caras, ou exigem produtos e serviços associados a ele (o anzol). O exemplo clássico foi o aparelho de barbear, exigindo as lâminas, ou a impressora (os tinteiros) e ainda os operadores de telemóveis que oferecem o aparelho de graça que, na verdade, depois é pago por meio das altas tarifas de chamadas.
Os novos modelos de negócios são novos quando surgem, mas depois estabelecem-se e são repetidos pela concorrência até à exaustão. Na década de 1950, os novos modelos de negócios apareceram na McDonald’s na forma de “fast food” e na Toyota com a produção em massa. Os hipermercados apareceram nos anos de 1960 graças à Wal-Mart e outros, enquanto que a Toys R Us transformou as suas categorias por meio de novos modelos na década de 70. Os anos 80 testemunharam uma conveniência maior na forma da locação de vídeo Blockbuster, por exemplo. E os anos 90 viram o aparecimento de linhas aéreas de baixo custo, cafés de qualidade como o da Starbucks e modelos de negócios online do tipo Amazon e eBay. Muitos mais modelos de negócios irão surgir, à medida que a evolução dos mercados propiciarem novas oportunidades.
Os modelos de negócios precisam definir basicamente como o negócio vai funcionar, como as mercadorias e o dinheiro se irão movimentar entre os diferentes componentes – clientes, fornecedores, parceiros, etc. – e como o valor será criado e mantido. Eles serão o caminho para fazer negócios, serão as estruturas diferenciadas que unem pessoas e finanças. De um modo geral, operamos dentro desses componentes, mas se entendermos bem o funcionamento do modelo, esses componentes poderão oferecer-nos algumas das melhores oportunidades para fazermos uma diferença real e sustentável (ou seja, um bom negócio).
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